Cuiabá deve abrigar a maior quadra de tênis particular do Brasil, com cobertura de cerca de 900 vigas de madeira, que serão pré-fabricadas antes de chegarem na obra para evitar desperdícios e custo estimado de R$ 6,5 milhões. O espaço foi batizado como "Quadra de Tênis GS" e teve o projeto assinado pelo arquiteto Victor Ortiz. 

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A previsão é de que a obra seja concluída no início de 2025 e tenha capacidade para até 1,5 mil pessoas. Em entrevista à Casa Vogue, Ortiz deu detalhes do projeto que foi pensado para ser inovador e com construção sustentável. 

"O cliente pediu um espaço inovador e com construção sustentável, para jogar tênis da mais alta qualidade, e ter eventos para a comunidade local, além do controle da luz e clima do ambiente. Como Cuiabá é muito quente, começamos a explorar as características locais, a disponibilidade de materiais e técnicas construtivas", explicou. 

O arquiteto explica que a inspiração veio do estudo da Biomimética, com métodos e regras encontrados na natureza aplicados ao design. Para isso, a equipe começou a explorar solucções da natureza. Nos últimos anos, Ortiz tem explorado a "estrutura do ouriço". 

"Tem características incríveis e vários tipos de padrões geométricos, como radiais e espirais. Em seguida, fizemos alguns estudos para otimizar a geometria da estrutura e minimizar o uso de materiais".

Ele escolheu a técnica de Madeira Laminada Colada (MLC), que tem ganhado espaço no mercado brasileiro por ser um método mais limpo de construção e contar com material renovável que capta carbono. 

"Além de ser uma construção mais rápida, leva apenas 4 meses para a montagem. O volume aproximado de madeira é de 193 metros cúbicos, e em torno de 900 peças de madeira retas", disse à Casa Vogue. 

Além de 1,5 mil pessoas em eventos, a quadra terá capacidade para 250 espectadores sentados, jardins internos, cozinha, com bar, lounge, jacuzzi e piscina de imersão para os atletas, além de área VIP. 

O cálculo da cobertura foi feito pela canadense Structure Craft, e a manufatura a cargo da brasileira Timbau Estruturas, diz Ortiz, revelando que, inicialmente, o custo do projeto estava estimado em R$ 12 milhões.