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Sábado, 27 de abril de 2024

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1º restaurante rooftop de MT

Maria Isabel, peixes e carnes nobres: Toroari tem cardápio regional, e vista para o Morro de Santo Antônio

Foto: Bruna Barbosa/Olhar Direto

Maria Isabel, peixes e carnes nobres: Toroari tem cardápio regional, e vista para o Morro de Santo Antônio
Com vista para o Morro de Santo Antônio e para os paredões de Chapada dos Guimarães, o restaurante Toroari, primeiro rooftop de Mato Grosso, abriu as portas ao público nesta semana, no último andar do hotel Amazon Aeroporto, em Várzea Grande. Além da visão privilegiada da cidade, o Toroari homenageia os ingredientes e a culinária regional com o cardápio assinado pela chef Ariani Malouf. 

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O nome do restaurante também é carregado de história de Mato Grosso, já que faz alusão ao nome bororo do Morro de Santo Antônio. Na língua indígena, Toroari-Toroá significa “Morro do Gavião Branco”. A ideia foi de Ariani Malouf e empolgou os sócios do Toroari, Márcio Aguiar, que é marido da chef, e Murilo Martins, que também é responsável pela gestão do hotel Amazon Aeroporto. 

“Um belo dia a Ariani chegou em casa e perguntou o que eu achava do nome ‘Toroari’, depois que ela me falou o significado, tive mais convicção. De imediato liguei para o Murilo, marquei um almoço com ele, que estava mais afoito do que eu para descobrir esse nome, ele mal sentou e já falei: Toroari”, conta Márcio sobre o processo de nomear o empreendimento. 

Murilo explica que o rooftop sempre foi um desejo, seja para que os clientes pudessem degustar os drinks do bar enquanto desfrutam da vista privilegiada ou para o tradicional happy hour de sexta-feira. 

“Cadeiras confortáveis, som ambiente, uma pegada mais final de tarde, provavelmente durante os finais de semana, por exemplo, o happy hour de sexta. Aos sábados queremos começar a fazer uma feijoada deliciosa, a partir de janeiro. Não trabalhamos com buffet, nossos pratos são feitos na hora, com muito carinho e atenção”.


Cardápio do Toroari foi assinado pela chef Ariani Malouf, que também é responsável pelo Mahalo e Buffet Leila Malouf. (Foto: Bruna Barbosa/Olhar Direto)

No cardápio, o Toroari tem peixes tradicionais da culinária mato-grossense, como matrinxã, piraputanga, pacu e pintado, que podem ser assados na brasa. O matrinxã, por exemplo, é servido em folha de bananeira e recheado com farofa de baru, castanha nativa do cerrado. Além dos peixes, Márcio conta que o menu também tem cortes nobres de carne, como prime rib e chorizo. 

Como foi criado para homenagear a culinária mato-grossense, Maria Isabel com farofa de banana e galinhada, que pode ser servida com pequi para os apaixonados pelo fruto do cerrado, também estão presentes no restaurante. Márcio ainda ressalta que a farofa de quiabo frito também tem feito sucesso entre os clientes. 

“Sempre foi nossa ideia ter essa pegada regional. Nada melhor do que valorizar o que temos de melhor em Mato Grosso: a nossa comida regional. Prezamos muito pelos ingredientes que encontramos nos três biomas que temos aqui, Pantanal, Cerrado e Amazônia. Até a nossa decoração e o estilo de restaurante”. 

Porta de entrada e saída de Mato Grosso 

As negociações para abrir o restaurante começaram em janeiro, como conta Murilo. No início, ele pensava em instalar o espaço de café da manhã do Amazon Aeroporto no rooftop do hotel, mas o projeto foi descartado por questões de logística. Quando ele e Márcio conversaram sobre o Toroari,ambos  enxergaram o potencial de abrir o primeiro rooftop de Mato Grosso em frente ao Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande. 

“É uma nova jornada para mim, entendo de hotelaria, apontamos as mãos e está sendo muito interessante. É o primeiro rooftop de Mato Grosso, é a receita do bolinho de chuva, não tem como errar, sabia que seria um grande sucesso. Nós estamos na frente do aeroporto, que hoje é o cartão postal da cidade, Várzea Grande está melhorando muito”, explica Murilo, que aceitou o convite de Márcio para ser sócio do Toroari. 

Restaurante tem vista para diversos pontos da cidade, é possível ver o Morro de Santo Antônio e os paredões de Chapada dos Guimarães. (Foto: Bruna Barbosa/Olhar Direto)

Para a implantação do restaurante, os sócios fizeram um estudo do entorno para traçar uma estratégia comercial e empresarial com base na localização do futuro empreendimento. Márcio ressalta que o crescimento de Várzea Grande foi algo que pesou na decisão de investir na cidade. 

“Estamos na porta de entrada e saída de Mato Grosso. Isso despertou muito a minha atenção, foi quando tomamos a decisão de firmar essa parceria. Acreditamos muito em Várzea Grande, é a segunda maior cidade de Mato Grosso, estamos falando de mais de 350 mil habitantes, está crescendo muito, está com uma bela administração, o prefeito é muito transparente e vemos as ações que ele vem tomando no Município. Isso tudo incentiva a gente a investir na região”. 

Como estão em frente ao aeroporto, os sócios decidiram pensar em um menu que apresentasse Mato Grosso para os turistas que desembarcam diariamente na cidade. 

“Sabemos que o aeroporto é o segundo maior em número de usuários na região Centro-Oeste, só perdendo para o de Brasília, estamos falando de mais de 8 mil passageiros por dia, entre embarque, desembarque e conexões, estamos prestes a receber a internacionalização do aeroporto, algo que vai fomentar ainda mais o movimento e fazer com que as companhia invistam mais aqui”, explica Márcio. 

Além do cardápio regional, artistas mato-grossenses também estão presentes no Toroari através das telas que decoram o salão. No corredor que dá acesso ao restaurante, foi instalada uma tela de mais de nove metros de Ruth Albernaz, que usou a arte para eternizar as árvores de Mato Grosso. 

“É uma artista super requisitada e que desde o primeiro momento foi super receptiva, nosso agradecimento especial para Ruth e para o José Guilherme, da Galeria Arto, todos esses quadros que temos aqui estão à venda, preparados para serem embalados para que os clientes possam viajar com ele, seja transporte aéreo ou rodoviário. Temos uma reposição pronta a ser feita, é uma parceria muito importante, gosto de ressaltar que o José Guilherme desde o primeiro se colocou à disposição e se interessou bastante”. 

As referências à cultura mato-grossense não param no cardápio ou nos quadros que decoram as paredes do Toroari. As cortinas, por exemplo, foram confeccionadas por um grupo de rendeiras de Várzea Grande, enquanto a maior mesa do restaurante, que pode acomodar até 18 pessoas, foi inspirada nas curvas do rio Cuiabá. 

“Chamamos de ‘Mesa Rio’, que foi projetada para lembrar as curvas do Rio Cuiabá. É uma mesa que conseguimos acomodar tranquilamente até 18 pessoas, é uma mesa compartilhada e sem emenda, justamente para lembrar a fluidez das águas. Foi projetada pela Cristiane Belchior, que foi responsável pelo projeto de arquitetura, por toda a decoração e por ter entregado essa casa tão linda, acolhedora e representativa quando falamos em Mato Grosso”.
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