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Sexta-feira, 16 de agosto de 2024

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PROJEÇÃO

Casos de coronavírus devem continuar crescendo e podem chegar em 16.775 em Cuiabá nesta semana

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Casos de coronavírus devem continuar crescendo e podem chegar em 16.775 em Cuiabá nesta semana
Informe epidemiológico da Prefeitura de Cuiabá projetou que os casos notificados da Covid-19 devem continuar crescendo e podem atingir 16.775 na capital ainda nesta semana. A projeção considera que não haja alteração referente as medidas de controle. Apesar do crescimento, ele será mais lento do que em semanas anteriores, pois o pico da doença já passou.


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Os dados são produzidos semanalmente pela Secretaria de Saúde de Cuiabá, com apoio de pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Neste informe foram apresentadas informações desde a data da notificação do primeiro caso em Cuiabá até a 32ª Semana Epidemiológica (SE), compreendendo o período de 14 de março à 15 de agosto de 2020.

A projeção, realizada por meio de modelos matemáticos, considera a proporção de infectados e o número acumulados de casos e evidenciou um aumento em torno de 9% (6% - 12%), portanto, inferior ao previsto para a semana anterior (10%).

As simulações do modelo SIR4 realizadas a partir dos valores de parâmetros que melhor aproxima o modelo ao histórico do acumulado de casos indicam que Cuiabá já passou por um pico de casos e está em uma fase de crescimento desacelerado para o acumulado.

Duas medidas são essenciais na análise de dinâmica de doenças infecciosas: i) o número acumulado de casos. Isto é, a quantidade total de indivíduos que já contraíram o virus; ii) O número de indivíduos infectados e que são capazes de transmitir a doença. A importância da segunda medida está no fato de que são os indivíduos capazes de transmitir a doença os principais responsáveis pela dinâmica de crescimento do acumulado de casos.

Nesta última semana (SE 33 – 09 a 15 de agosto) estimou-se o Rt em 0,70, valor discretamente inferior aos observados nas últimas quatro semanas, o que sugere redução da dispersão da epidemia e provável efeito das medidas de controles mais rígidas praticadas nesse período.

Entretanto, o Informe frisa que somente se o Rt se manter menor do que 1 por várias semanas a epidemia irá diminuir de tamanho até ser eliminada ao longo do tempo. A desaceleração se dá lentamente, ou seja, a disseminação do vírus permanece, mas o número de infectados se espalha ao longo do tempo até cessar o número casos.

Os pesquisadores ressaltaram que os dados se referem a casos que são identificados pelos serviços de saúde, assim como nos demais municípios brasileiros. Contudo, estudos mostram que o número real de casos pode ser ainda maior. Pesquisa realizada recentemente estimou que no Brasil para cada caso confirmado registrado oficialmente, existem 6 casos desconhecidos na população.

Esses valores estão relacionados, principalmente, a própria característica da doença na qual cerca de 80% da população apresenta sintomas leves ou são assintomáticos e não procuram os serviços de saúde, mas também a não capacidade diagnóstica por parte desses serviços.
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