Desde terça-feira (02), a imunização contra Covid-19 foi ampliada para trabalhadores que atendem casos de outras doenças também, não somente de hospitais, pronto atendimento e enfermarias, mas também de ambulatórios e profissionais liberais. Já a aplicação da segunda dose para aqueles que já tomaram a primeira, começou na quarta-feira (3). Na manhã desta quinta-feira (4), uma fila imensa se formou no Centro de Eventos do Pantanal. Apesar disso, a organização da na campanha municipal de imunização “Vacina Cuiabá foi elogiada pelos trabalhadores.

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“Foi maravilhoso [tomar a vacina] porque eu estava esperando há muito tempo. Tem seis meses que ganhei minha filha, fiquei no período de gestação, praticamente trancada dentro de casa. Fiquei parada do meu serviço praticamente um ano. Agora que eu voltei a trabalhar e tomar a vacina, para mim, foi muito bom. Eu vou estar segura agora, mas claro que continuarei tomando os mesmos cuidados”, comemorou a farmacêutica Jaqueline Pugnal após tomar a primeira dose da Astrazenica.
 
“Foi muito difícil, quando a gente está grávida já fica meio deprimida. Então, ficar dentro de casa esses noves meses foi muito difícil. Muita gente nem sabe que eu fiquei grávida, não me viu de barriga, porque não saia de casa. Mas agora vou voltar não ao normal, mas estar mais tranquila e segura. Está sendo muito bom”, acrescentou.

Uma profissional do Hospital Amecor também fez elogios a organização enquanto aguardava para tomar a segunda dose da Coronavac. “Cheguei, peguei uma filha tranquila, não estava tão grande como hoje. O atendimento foi muito bom, a organização estava boa, rapidinho fiz o cadastro, conferiram meu nome, estava certo na lista e já me encaminharam para o posto de vacina. Tomei rapidinho e não tive problema nenhum”, diz.

No entanto, ela teve algumas reações já previstas. “Após a vacina, você fica esperando um tempo. Eu tive reação, dois dias de dor de cabeça e queimação estomacal, o que já está previsto no atrás do cartão”, pontuou.

Sobre o procedimento no site para agendar a segunda dose, ela faz suas ponderações. “Hoje a gente precisava fazer uma nova declaração, que até então não tinham passado para a gente.  Até então, tinham falado que no dia a gente precisava fazer um cadastro e todos os dias esse cadastro não dava de ser realizado. Aparecia que estava indisponível. Hoje mandaram um link e meu chefe falou que precisava criar um cadastro. Criei o cadastro e eles dão a opção para você agendar o horário. Você tem que entrar e sair várias vezes do site para conseguir colocar esse horário no site. Era 10h30 quando consegui e o site me gerou para 11h. Só que preciso imprimir a declaração, levar ao RH do hospital, para o RH assinar e eu voltar para cá. Não é hora marcada, teoricamente. Eles geram, mas não tem horário marcado”.
 
Assistente social do Centro de Atenção Psicossocial do bairro CPA 4, Cecília Pires Machado, contou que ficou ansiosa para ser imunizada. “Tomei a primeira dose, estava ansiosa para chegar esse momento, mas foi tudo tranquilo. A minha vontade era para que todo mundo tomasse, principalmente gente já teve grandes perdas”, afirma.
 
“Em junho, eu perdi uma sobrinha no sábado, um tio domingo, e meu esposo internou em uma segunda-feira. Foi um mês, para mim, horrível. Se tivesse como chamar meus filhos, esposo, amigos, mas a gente sabe que não é bem assim. Tem que seguir de acordo como tem que ser. Já é bem tranquilo saber que as coisas estão se encaminhando para dar certo. A gente se sente mais aliviada”, comemorou.

“A gente chega a ter um pouco de receio porque foi tudo emergencial, chegou a pandemia, um ano atípico. A gente via fora acontecer, mas não imaginávamos que ia acontecer com a gente. Temos que aproveitar o momento, tirar as ideias erradas que tem na mente, de ter medo de virar jacaré. A vacina está vindo, justamente, para tentar trazer a cura. Então vamos aproveitar o momento, quem tem a oportunidade, tem que aproveitar sim”.

Técnica em enfermagem do Hospital Referência Covid-19 (antigo Pronto-Socorro), Laura Guimarães disse que ela e as colegas de trabalho se sentem aliviadas.  

Profissionais que trabalham no Hospital Referência Covid-19 e estão imunizadas. 

“Só de saber que a gente está imunizada, graças a Deus por isso, já dá um alivio. Mesmo assim, não deixamos de ter os cuidados com uso de EPI’s. Mas excelente. Tivemos que nos adaptar e toda a população. Tivemos que ficar separados, tivemos essa rotina”, finalizou ela, após tomar a segunda dose da vacina.
 
Em todos os casos, para que o trabalhador possa ir até o polo central de vacinação, que fica no Centro de Eventos do Pantanal, é necessário fazer o agendamento através do site da campanha Vacina Cuiabá (vacina.cuiaba.mt.gov.br).

Há uma limitação de 1.500 vagas por dia para primeira dose e de 500 vagas diárias para segunda dose. Quando o limite de vagas é atingido, aparece na tela a seguinte mensagem: “Sem agenda disponível no momento”.