O sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, que também é colunista do jornal Correio Brasiliense e da revista Carta Capital, publicou, na última semana, artigo especulando quem herdará os votos de José Serra (PSDB) para presidente, nas fronteiras agrícolas no país.

No texto, ele citou Sinop como exemplo de cidades localizadas nos rincões do Brasil que, na eleição de 2010, preferiram José Serra para presidente da República ao invés de Dilma Rousseff (PT) ou Marina Silva (ex-PV e agora no PSB). “Se dependesse do eleitor local, Serra não teria nem disputado o segundo turno. Venceria de cara”.

Coimbra traçou um paralelo entre a expressiva votação que Serra recebeu em Sinop - 56% contra 37% de Dilma e 7% de Marina Silva – com o conservadorismo do eleitorado situado nas regiões com forte atividade agrícola. “Serra foi a opção dos eleitores da cidade, que se tornou ainda mais natural quando ele perdeu qualquer pudor e assumiu o conservadorismo.”

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O sociólogo lembrou ainda que, na mesma cidade em que Serra recebeu 56% dos votos no primeiro turno, o candidato tucano ao governo do Estado, Wilson Santos, não obteve sucesso nas urnas, revelando que os eleitores votaram em Serra e não no PSDB.

“O que acontecerá em Sinop no próximo ano? Agora que conhecem Dilma Rousseff, os serristas menos radicais optarão por ela? Com isso, e ao supor que se preserve a votação, sairá vitoriosa? Terá o governo federal feito tantas obras que a cidade se animará a votar no PT?”, indaga o colunista.

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