O volume de impostos e contribuições que são sonegados no Brasil agora poderá ser percebido por intermédio do Sonegômetro, um instrumento de divulgação semelhante ao Impostômetro, criado pela associação comercial de São Paulo. A iniciativa é do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) e foi lançado oficialmente em Brasília nesta semana.
Num primeiro momento, o Sonegômetro funcionará sobre quatro rodas.Caminhões vão circular pelos principais centros urbanos do país para divulgar o números em tempo real. Posteriormente há a possibilidade de instalação de painéis fixos em diversas cidades.
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O presidente do sindicato, Allan Timonelli Nunes, afirma que o Sonegômetro complementa as informações do Impostômetro por se tratar de circulo vicioso.
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“Um dos motivos que faz com que a carga tributária no país seja uma das mais elevadas do mundo é o volume de impostos sonegados. A sonegação dá margem ao aumento de impostos por prefeituras, estados e governo federal”, afirmou.
De fato, a informalidade e a sonegação são corresponsáveis pelo aumento da carga tributária, que passou de 25% na década de 1990 para os atuais 36%.
Segundo cálculos do Sinprofaz existe um rombo fiscal da ordem de R$ 415,1 bilhões só em 2013. Esse valor, se comparado com a arrecadação de 2011, representa mais do que toda a arrecadação do Imposto de Renda (R$ 278,3 bilhões).
O rombo equivale a mais do que toda a arrecadação de tributos sobre a folha de pagamento e salários (R$ 376,8 bilhões).
Conforme o Sinprofaz, a sonegação corresponde a mais da metade do que foi tributado sobre bens e serviços (R$ 720,1 bilhões).
O estudo do Sindicato revela ainda que a arrecadação tributária poderia se expandir em 23,9% caso fosse possível eliminar a evasão fiscal. Ainda conforme o estudo, o peso da carga tributária poderia ser reduzido em quase 30% com o país mantendo o mesmo nível de arrecadação.
