A prisão dos dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT), condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da ação penal do mensalão, virou tema de discursos nesta terça-feira (19) na Câmara dos Deputados. Líder da minoria na Câmara, o deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT) afirmou que o PSDB está pronto para discussão sobre o escândalo do mensalão tucano, também conhecido como mensalão mineiro. “Não vamos ter medo desse debate”, disse.

O mato-grossense criticou o discurso do deputado José Guimarães (CE) em defesa dos dirigentes do PT presos por determinação do STF. Guimarães é líder do PT e irmão de José Genoíno (ex-presidente do PT e um dos presos).

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No caso do mensalão tucano, o deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) é acusado de se associar ao empresário Marcos Valério, o mesmo operador do mensalão petista, para desvio de verbas e arrecadação ilegal de recursos na campanha do PSDB para o governo de Minas Gerais em 1998. O STF abriu a respectiva ação penal em 2009.

Leitão ressaltou que o mensalão petista foi um “instrumento para fazer que o governo funcionasse do jeito que Lula queria”. “Não é preciso tripudiar em cima dos condenados, mas não vamos aceitar que venham dizer que não há culpados e que todas as ações são políticas”. Relator do processo referente ao mensalão tucano, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, disse hoje que não sabe se o caso vai ser julgado em 2014.