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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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2013: ano em que o jornalismo perde Marcos Coutinho e Mato Grosso ganha uma lenda

Foto: Thalita Araújo - OD

Coutinho, o vinho e um dos inseparáveis violões de sua coleção

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A morte prematura do jornalista cuiabano Marcos Alberto Coutinho Barbosa, aos 47 anos, vítima de um acidente vascular cerebral em junho deste ano, por motivos óbvios, é o fato mais marcante para toda a equipe do Grupo Olhar Direto por tudo que ele representou para a empresa, família e amigos.


O falecimento abala não só pela perda em si do diretor executivo do Olhar Direto, que tinha como marca estar sempre à frente dos fatos, onde quer que estivessem. A perda pesa quando levamos o ser humano ímpar que se foi, de personalidade marcante, um visionário da comunicação, de grande capacidade intelectual, carisma inigualável, culto, agitado, amante de arte, do jazz, samba e bossa nova. Indiscutivelmente, um grande jornalista. Um grande amigo.

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Formado pela Universidade Metodista de São Paulo era considerado um dos profissionais mais polêmicos da comunicação de Mato Grosso e ícone no jornalismo investigativo. De família tradicional cuiabana, sua história profissional está intrinsicamente ligada à cobertura dos casos mais polêmicos do noticiário mato-grossense. Isso lhe proporcionou ter participação direta em duas finais regionais do Prêmio Esso de Jornalismo – veículo impresso Centro-Oeste, fato raro para quem atua em Cuiabá.

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Apontado por decanos como Jê Fernandes, Onofre Ribeiro, Ademar Andreola e José Eduardo do Espírito Santo para o Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor) como o primeiro repórter investigativo da imprensa no ‘formato contemporâneo’, Marcos Coutinho se notabilizou com reportagens de fundo para os jornais ‘A Gazeta’ – o maior do Estado, e, depois, ‘Gazeta Mercantil’, além do jornal 'Folha do Estado', onde foi editor chefe, e do próprio Olhar Direto.

A perda de um dos repórteres investigativos mais respeitados do Estado repercutiu entre autoridades e amigos.



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“Quando me candidatei ao governo estadual em 2002, Coutinho esteve sempre pronto a me auxiliar, alertar, sugerir, criticar e elogiar. E foi assim nos oito anos em que fui governador e nos dois anos no Senado. Ele sempre me alertava sobre as armadilhas da política e fazia os ruídos dos corredores do Palácio Paiaguás chegarem aos meus ouvidos. Mato Grosso perdeu um grande jornalista e eu, um ótimo amigo”,  recorda Blairo Maggi, em discurso no Senado.

Em entrevista exclusiva ao Olhar Direto, em sete de julho, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse ter ficado muito chocado com a perda de um amigo. “Lamentei muito, fiquei muito chocado. Eu tinha voltado de Mato Grosso. O Coutinho é um querido amigo. E todos nós temos uma grata memória e faço votos que o trabalho que ele desenvolveu tenha continuidade”, declarou.

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Amigo pessoal de Coutinho há mais de 20 anos, o advogado Almino Afonso, então membro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), destacava que o falecimento do jornalista é uma perda irreparável para o jornalismo político investigativo do país.

“O Marcos Coutinho deixou uma marca muito importante no jornalismo de Mato Grosso. Ele foi uma pessoa apaixonada pelo que fez, sempre buscando a informação bem apurada, os furos jornalísticos, as denúncias bem fundamentadas. É uma perda muito grande para o jornalismo de Mato Grosso”, argumenta Almino.



O senador mato-grossense Jayme Campos (DEM) também lamentou a morte de Coutinho, a quem ele se refere como uma pessoa de coração generoso e que manteve estreitas as relações entre as famílias Campos e Coutinho, ambas de reconhecida tradição na baixada cuiabana.

“O Coutinho sempre foi um amigo. As famílias Campos e Coutinho sempre tiveram uma ligação muito próxima e ele estreitou ainda mais. Ele deixa uma marca que dificilmente vai ser preenchida. Era um jornalista com uma grande capacidade para desempenhar o jornalismo e tocar os negócios da empresa. Faço votos para que o Olhar Direto continue desempenhando seu papel com a mesma qualidade e competência”, completou.

Familiares, jornalistas e amigos lhe renderam também inúmeras homenagens durante dias, semanas e meses. Por esses e outros mais adjetivos e substantivos é que Marcos Coutinho tornou-se lenda no jornalismo mato-grossense.
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