O deputado federal Júlio Campos (DEM-MT) afirmou que havia recebido o convite (para presidir comissão de segurança pública e combate ao crime organizado da Câmara dos Deputados) do líder da bancada, Mendonça Filho (PE), como uma “homenagem” e que decidiria se aceitava o cargo apenas nesta quarta-feira (26). Em entrevista ao site "Congresso em Foco", Campos disse não ver problemas em responder a um inquérito por duplo homicídio e formação de quadrilha no Supremo Tribunal Federal e comandar a comissão. “Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Em que eu posso me beneficiar em ser presidente dessa comissão? Parar o inquérito, não vai. Se o ministro aceitar a denúncia e o plenário acatar, eu vou ter de responder”, declarou Campos, citando que o único motivo que poderia fazê-lo desistir do convite para presidir a comissão seria a fragilidade do seu estado de saúde. Ele disse ainda que seu caso não tem nada a ver com os questionamentos feitos contra Blairo Maggi, um dos maiores agricultores do país, que assumiu a comissão de Meio Ambiente do Senado, e Marco Feliciano, que é contra o casamento homossexual e assumiu a comissão dos Direitos Humanos no ano passado. "Blairo foi um bom presidente da comissão. E o Marco Feliciano foi muito imprudente nos primeiros meses dele lá. Eu tenho muito bom senso e equilíbrio”, concluiu Campos.