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Terça-feira, 02 de julho de 2024

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TRÁFICO INTERNACIONAL

Organização criminosa alvo de operação tinha como líder megatraficante que tentou mudar de rosto

Foto: Reprodução

Marcos (detalhe) é apontado como líder do grupo criminoso.

Marcos (detalhe) é apontado como líder do grupo criminoso.

A quadrilha alvo da Operação Downfall, deflagrada nesta quinta-feira (4), tinha como líder Marcos Silas Neves de Souza, preso em 2021 com documentos falsos, quando tentava mudar o rosto com cirurgia plástica em uma clínica de São Paulo. Um dos subordinados do megatraficante seria um empresário do ramo farmacêutico, detido em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá).


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Conforme apurado pela reportagem, o empresário também atua no ramo de comércio de produtos para tabacaria. A empresa registrada em Arapongas (PR) possui capital social de R$ 60 mil. Já no caso da empresa do ramo farmacêutico, o CNPJ está cadastrado em Várzea Grande e o capital social é de R$ 300 mil.

Investigação

A força-tarefa composta pela Polícia Federal, Receita Federal e a Polícia Civil do Paraná tinha como objetivo desarticular organização criminosa especializada no tráfico internacional e interestadual de drogas. Por determinação da Justiça Federal, foram cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão em Mato Grosso e mais seis estados. Também foi determinado bloqueio de R$ 1 bilhão entre imóveis e veículos de luxo. 

Segundo a Polícia Federal, a investigações revelaram que a quadrilha constituiu uma complexa estrutura logística para operacionalizar as ações de narcotráfico interestadual e internacional, que abrange desde a produção da droga no exterior, ingresso e transporte dentro do território nacional, distribuição interna, preparação e o envio dos carregamentos de cocaína para o exterior utilizando principalmente o modal marítimo.

Grande parte da droga tinha como destino os portos da Europa e, para isto, os criminosos atuavam predominantemente na região do Porto de Paranaguá (PR).  Ao longo das investigações, foram identificadas diversas apreensões de carregamentos de cocaína vinculados a atuação da organização criminosa. Neste período também foram realizadas prisões em flagrante e apreensões de droga totalizando aproximadamente 5,2 toneladas de cocaína.

Além do esquema de narcotráfico, alguns dos integrantes também estão envolvidos com outras práticas criminosas, como homicídios e o tráfico de armas de fogo, munições e acessórios. As investigações revelaram ainda que lideranças empregavam diversas metodologias para ocultar e dissimular a procedência ilícita.

Lavagem de dinheiro

Apurou-se que o principal esquema financeiro para promover a lavagem do dinheiro era o investimento no setor imobiliário do litoral de Santa Catarina. Algumas empresas são suspeitas de realizarem negócios jurídicos fraudulentos ou não declarados que foram custeados com recursos oriundos do tráfico internacional de drogas. Os indícios são de que os representantes tinham conhecimento da procedência ilícita do dinheiro.

As investigações também constataram pagamentos de imóveis de luxo com altas quantias em espécie sem a devida comunicação aos órgãos competentes, bem como a utilização de interpostas pessoas para ocultar a identidade do real adquirente.

Megatraficante

Conforme as investigações, em setembro de 2021 o líder da quadrilha se preparava para mudar de fisionomia quando acabou surpreendido pela polícia. Marcos estava com a quantia de R$ 16 mil em espécie, que seria usada para pagar parte do procedimento estético.

Ex-integrante da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos é considerado um dos maiores traficantes do país. Com patrimônio milionário, possui fazendas, imóveis e carros importados. 

Natural do estado do Paraná, ele foi o responsável por diversos homicídios de criminosos concorrentes no litoral do estado e por embarques de drogas através dos portos de Paranaguá (PR), Itajaí (SC) e Santos (SP).

Nome da operação 

O nome da operação Downfall faz alusão à efetiva desarticulação estrutural e financeira da organização criminosa.
 
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