Os criminosos responsáveis pelo sequestro e extorsão de dois empresários em Várzea Grande transferiram cerca de R$ 2,8 mil das contas bancárias das vítimas. Segundo as informações, um dos envolvidos alegou ser "braço direito" do produtor rural Eraí Maggi para conseguir encomendar 60 kg de caviar para um suposto casamento.
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As vítimas relataram que há 25 dias um homem identificado apenas como Cristiano compareceu na sede da empresa, em São Paulo, solicitando a contratação de 60 kg da iguaria. O produto seria usado para o casamento do filho do empresário Eraí Maggi, que aconteceria entre os dias 17 e 19 deste mês.
Devido à encomenda ter o custo de R$ 820 mil, os empresários decidiram trazer o caviar para Cuiabá pessoalmente. Já no Aeroporto Marechal Rondon, uma das vítimas recebeu uma ligação para entrar em um carro.
As vítimas entraram no veículo e após 25 minutos rodando, passaram a desconfiar que estavam sendo sequestradas, momento em que fizeram imagens do veículo e do condutor, que foram enviadas para a esposa de um dos empresários.
Durante o trajeto, o suspeito identificado como Jesus Nunes Fortes entrou em uma estrada de chão, onde encontrou com dois comparsas, um deles em posse de uma arma de fogo.
As malas com o caviar foram retiradas do veículo e escondidas em um terreno baldio, enquanto os suspeitos entraram no veículo e levaram as vítimas para outro ponto, onde foram obrigadas a entregar os aparelhos celulares.
Jesus e os comparsas conseguiram transferir R$ 2,8 mil por meio do Pix para a conta bancária de uma mulher. Eles ainda fizeram ameaçadas de morte para que entregassem mais dinheiro. Também foram subtraídos das vítimas duas mochilas com roupas e três notebooks.
Após o fato ter sido comunicado à Polícia, foram iniciadas as diligências, onde Jesus acabou sendo preso. Ele passou por audiência de custódia e teve prisão preventiva decretada pelo juiz Abel Balbino Guimarães.
Jesus foi condenado a 10 anos de prisão por tráfico de drogas e estava usando tornozeleira eletrônica. Enquanto estava na penitenciária, ele integrou a facção criminosa Comando Vermelho, mas foi expulso por dívidas com os integrantes.
O dinheiro do roubo do caviar seria utilizado para o pagamento de dívidas.
