Anotações do tráfico, contabilidade e dinheiro vivo. Esses eram os itens que estavam no saco de lixo que fora retirado de um edifício de alto padrão em Cuiabá por Jefferson da Silva Sancoviche, 30 anos, o Japão. A ação, para a Polícia Civil, foi caracterizada como forma de atrapalhar as investigações da Operação Apito Final e destruir possíveis evidências que pudessem chegar a Paulo Witer Farias Paelo – o WT – apontado como o líder do grupo criminoso.
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As informações foram repassadas pelo delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Rafael Scatolon, líder dos trabalhos da ação policial. De acordo com ele, Jefferson servia como “laranja” de Paulo Witer. Japão foi preso preventivamente nesta terça-feira (14) por embaraçar as investigações.
“Anotações, contabilidade e provavelmente dinheiro vivo, que era o modus operandi do WT. Aquisição de apartamento, de veículo. Tudo dinheiro em espécie. Constantemente, a gente verificou aquisição de veículo com R$ 120, R$ 150, R$ 130 mil com os integrantes desse grupo criminoso”, disse Scatolon à reportagem.
Japão era servidor da Prefeitura de Cuiabá e motorista do secretário-adjunto de Obras, Rauf Macedo. Devido à repercussão, o município anunciou a exoneração. Ele foi submetido à audiência de apresentação ainda nesta terça.
Além de Jefferson, a investigação da GCCO identificou outro comparsa e ‘fiel escudeiro’ de WT. Paulo Vinicius Gabriel Araújo ficou incumbido em diversas ocasiões de movimentar a tornozeleira do criminoso como se ele estivesse em Cuiabá. Para isso, esse investigado ia ao apartamento, retirava o equipamento e o levava até o bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá, nas ocasiões em que Witer estava em viagens ao litoral de Santa Catarina e Rio de Janeiro.
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