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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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CASO VICENTE CAMARGO

Proprietárias de creche onde bebê morreu negam que tenham derrubado criança: 'ninguém aqui é assassina'

Foto: Reprodução

Proprietárias de creche onde bebê morreu negam que tenham derrubado criança: 'ninguém aqui é assassina'
Proprietárias da Creche Espaço Criança Feliz, em Várzea Grande, onde faleceu o pequeno Vicente Camargo, de apenas cinco meses, em abril deste ano, usaram as redes sociais para se manifestarem após serem indiciadas pela Polícia Civil por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Em uma publicação, elas afirmaram que a fatalidade foi um acidente e negaram que o bebê tenha caído do colo de alguma funcionária: "ninguém aqui é assassina", disseram.


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O inquérito da Polícia Civil foi concluído nesta sexta-feira (17). Segundo o delegado Marloz Luz, que está à frente do caso, uma das proprietárias confessou em interrogatório que provocou, sem intenção, a lesão na cabeça da criança, que bateu o crânio na quina de uma mesa, o que ocasionou o traumatismo e levou o bebê à morte.

"O bebê não caiu do colo ninguém. Meus Deus. Quanta mentira. Porque você estão fazendo isso [sic]. A testa do bebê foi batida na hora do socorro, na hora do desespero tentando desafoga-lo", diz trecho da publicação.

"Achavamos que ele estava afogado. Isso foi um acidente, ele estava desacordado, ele dormiu e não acordou mais, pelo amor de Deus, ninguém aqui é assassina", acrescentaram.

Vicente morreu no dia 17 de abril enquanto estava sob os cuidados da creche, que fica no bairro Jardim Marajoara. Na época, funcionárias da unidade afirmaram que colocaram a criança para dormir após ela mamar e quando foram ver o menino, o encontraram com sinais de vômito, momento em que o encaminharam para o hospital Santa Rita, no mesmo município.

Na unidade de saúde, de acordo com a Polícia Civil, Vicente chegou em estado cianótico (cor azulada na pele que se caracteriza pela falta de oxigênio no sangue) e com parada cardiorrespiratória. Mesmo com todos os esforços, ele não resistiu e morreu naquela tarde. O atestado médico apontou que ele havia sido vítima de um politraumatismo crancioencefálico ocasionado por um objeto contundente.

Foi instaurado inquérito policial pelo delegado Marlon Luz para apurar a morte da criança e realizada a oitiva de familiares, testemunhas e funcionários da creche. O delegado requisitou exame periciais que atestaram que a criança morreu em decorrência de traumatismo craniano causado por uma pancada na cabeça.

As diligências apontaram ainda que a criança bateu a cabeça na quina de uma móvel de mármore, quando estava no colo de uma das donas do local. A proprietária da creche admitiu a lesão na criança e a investigação apontou que o fato que levou ao óbito foi causado por descuido e inobservância de segurança à criança.

A gestora da creche também foi indiciada. O inquérito concluiu que ela foi omissa em garantir espaços com proteção para resguardar as crianças ali assistidas e também foi negligente no atendimento à criança.

O inquérito segue ao Ministério Público Estadual e Poder Judiciário para prosseguimento dos atos de persecução penal.
 
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