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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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SUPOSTO CLIENTE

Sócio diz em depoimento que "alertou" Zampieri sobre comportamento de "capelão"

Sócio diz em depoimento que
Trechos do inquérito que investigou a morte de Roberto Zampieri, ocorrida em dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá, apontaram que o advogado foi “alertado” por um sócio sobre um suposto cliente que demonstrou interesse em contratar seus serviços advocatícios na área agrária. Essa testemunha, que é criador de cavalo, teria desconfiado do comportamento do homem que se apresentou como “capelão”.


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Para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), esse “religioso” é Antônio Gomes da Silva, que foi denunciado pelo homicídio qualificado. A equipe de investigação afirma que foi ele quem atirou mais de 10 vezes quando Zampieri deixava seu escritório de advocacia.

O depoimento

O depoimento do criador de cavalo foi prestado no dia 12 de dezembr. Ele foi ouvido pelo delegado Edson Pick, da DHPP. A testemunha declarou à autoridade policial que foi a última pessoa a se reunir com o advogado. Ela ainda detalhou que estava próximo ao local do crime.
 
O depoente disse ao delegado que conhecia Zampieri há muito tempo e que há quatro ou cinco anos começou a criar cavalos em parceria com a vítima.
 
A testemunha disse que, no dia 24 de novembro de 2023, recebeu uma ligação de Zampieri dizendo que tinha uma padre que estava procurando uma terra para criar vacas para um sobrinho que tinha uma fazenda nos Estados Unidos.
 
Na ligação, Zampieri perguntou se o sócio poderia acompanhar o “capelão” para mostrar uma fazenda localizada na região da Guia, em Cuiabá. O depoente concordou com o pedido e combinou que buscaria o suposto religioso no dia 25 de novembro. Em seguida, o advogado passou o telefone do depoente para Antônio.
 
Antônio entrou em contato com o criador de cavalo e mandou a localização do Hospital São Matheus, em Cuiabá. Na troca de mensagens, ele ainda avisou que estaria de blusa verde e apoiando em uma bengala.
 
A testemunha pegou Antônio e ambos foram à propriedade. Entretanto, o acusado não demonstrou muito interesse em olhar a fazenda. “Parecia estar chateado pelo fato de Zampieri não ter ido mostrar a fazenda para ele”, disse ao delegado.
 
Após retornar da fazenda, Antônio pediu para que o depoente o deixasse Rodoviária de Cuiabá, pois iria encontrar um conhecido dele que estava fazendo curso para plantio de amendoim. O acusado foi deixado no local que pediu.
 
“O depoente achou a história um pouco estranha e tentou alertar Zampieri, mas ele (a vítima) falou que não tinha nada a ver e que queria ajudar o padre”, disse o sócio de Zampieri.
 
O dia do crime
 
No dia 5 de dezembro, data do assassinato de Zampieri, o depoente disse que estava no escritório de Zampeiri com o filho. Ele relatou que teve uma reunião com a vítima que começou às 17 horas e terminou às 19h15.
 
Na sequência, o depoente disse que ficou conversando na calçada com o sócio. A testemunha ainda acrescentou que deixou o seu veículo estacionado em frente ao escritório de Zampieri e tinha uma Fiat Toro estacionada do outro lado da rua. Foi nesse veículo que Zampieri foi executado, mas até aquele momento o sócio não sabia que o carro era do amigo.
 
“Que se despediram e o depoente entrou em seu veículo do lado do motorista e seu filho do lado do passageiro, enquanto Zampieri atravessou a rua e entrou no veículo Fiat Toro; que nesse momento o depoente escutou os disparos e desembarcou do seu veículo e correu sentido a garagem do escritório e como estava fechado o depoente correu para um terreno baldio”, relatou.
 
Após ouvir o barulho dos tiros, o depoente disse que olhou por cima do muro e viu um indivíduo já de costas, caminhando, segurando uma caixa preta nas mãos, usava uma calça e uma camiseta cor escura, boné na cabeça e era baixo e parrudo.
 
A testemunha disse que em um primeiro momento achou que se tratava de um assalto e ainda falou para o filho que acreditava que estava tudo bem com Zampieri.
 
“Que ao olhar não viu nada na rua e nesse momento uma pessoa que estava em um prédio gritou: ‘Moço, dentro do carro branco!’. Assim, o depoente se aproximou e viu Zampieri dentro do veículo em óbito”, detalhou ao delegado.
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