Os incêndios que atingem o Pantanal Sul-matogrossense podem chegar a Mato Grosso caso o fogo evolua, segundo o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Flávio Gledson Vieira Bezerra. Essa é uma das preocupações para o cenário atual no bioma. Na última segunda-feira (24), o estado vizinho decreto situação de emergência por causa dos incêndios, pois somente neste ano, o fogo já consumiu cerca de 600 mil hectares do Pantanal.
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“Já é esperado, segundo as condições atmosféricas deste ano, que nos indicam uma condição bastante severa de estiagem, especialmente no Pantanal. A gente está vendo isso acontecer no Pantanal Sul Mato-grossense. Já ativamos as equipes do Pantanal para estarem fazendo um trabalho lá. A primeira ação de combate a incêndios já está ocorrendo há alguns dias, mas os incêndios ainda estão numa proporção pequena”, afirma o comandante-geral, à imprensa, nesta quarta-feira (26).
Um dos incêndios está localizado na região de Poconé e outro nas proximidades de Cáceres. A preocupação é que o fogo do Sul mato-grossense chegue até o estado.
“Um trabalho foi feito, de prevenção, preparação e agora a fase de resposta, onde as equipes passam a ir ao campo.Ontem, a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) nos entregou o helicóptero para descer amanhã para o Pantanal, para ficar lá de forma preventiva, que ao menor sinal de fumaça de novos focos de incêndio, a gente possa fazer com que essa equipe faça a atuação mais rápido”, disse o coronel Flávio Gledson.
Após os grandes incêndios em 2020 que atingiram o Pantanal, pesquisas mostram que houve ume regeneração do solo, no entanto, ele está muito seco, pois não houve o fluxo normal dos regimes de cheia e seca, segundo o comandante-geral.
“A cheia e a seca não são como anos anteriores, então com certeza isso vai trazer problema, porque o solo está seco, não está tão úmido como deveria ser. A vegetação não tem ali a umidade que deveria conter. Então isso aí com certeza dificulta, favorece a ocorrência de incêndios e é por isso que a gente mais uma vez aconselha a população a não fazer o uso irregular do fogo”, alerta.
