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Segunda-feira, 08 de julho de 2024

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Novo vídeo mostra agressões de PMs em abordagem na Praça Popular: 'eles vão me matar'

Novo vídeo mostra agressões de PMs em abordagem na Praça Popular: 'eles vão me matar'
Novo vídeo mostra abordagem truculenta de policiais militares na Praça Popular, em Cuiabá, na noite de quarta-feira (3). Além dos atos de violência, defensor público e um procurador do Estado foram presos ilegalmente após tentarem intervir. Em nota, a Defensoria Pública de Mato Grosso comparou a ocorrência ao caso George Floyd. Conforme vídeo, homem agredido chega a gritar as frases “eles vão me matar” e “estou sem ar”.


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Segundo nota, defensor público e procurador do Estado estavam no local com amigos, após um jogo de futebol, quando um homem ensanguentado entrou no estabelecimento pedindo por socorro.
 
Ao solicitar que os seguranças do bar chamassem a Polícia, o defensor foi informado que o homem vivia na rua, era usuário de drogas e que havia sido agredido justamente por policiais. Na sequência, três policiais militares voltaram a imobilizar o suspeito, que gritava por ajuda e afirmava que não consegue respirar.
 
“Diante da conduta excessiva, o defensor relembrou casos de abusos envolvendo policiais, como o de George Floyd, assassinado no ano de 2020 nos Estados Unidos, e resolveu intervir, gravando a ação com o seu próprio aparelho celular”, diz trecho da nota.
 
 Nas imagens, é possível ver que o suspeito já está imobilizado, mas as agressões seguem acontecendo, apesar dos pedidos de diversos clientes do estabelecimento para que a situação fosse conduzida de outra forma.
 
Neste momento, conforme a gravação, um dos policiais militares diz que: "este é o procedimento da Polícia!". O defensor público então se dirige ao policial, tentando interromper a situação de violência, momento em que se apresenta como membro da Defensoria Pública de Mato Grosso e passa a sofrer agressões verbais, além de ter o aparelho celular que usava para filmar a ação arrancado de suas mãos.
 
Na sequência, um segundo cliente do bar, que não estava com o defensor público e o procurador, também passou a ser fortemente agredido pelos policiais. O ato foi filmado por terceiros e acabou amplamente divulgado pela mídia local.
 
Já do lado de fora do bar, ao tentar conversar com os policiais para reaver seu telefone, o defensor público recebeu voz de prisão, foi algemado e colocado no camburão.
 
Na Central de Flagrantes, o defensor público e procurador foram liberadas pelo delegado de plantão, que não encontrou provas de ocorrência de qualquer crime praticado por eles.
 
“A Defensoria Pública de Mato Grosso, ao tomar conhecimento dos fatos e em contato com as autoridades competentes, soube que a Corregedoria-Geral da Polícia Militar já atua na apuração do caso. Porém, com o objetivo de preservar a imagem das vítimas e expor a verdade dos fatos, ressalta a confiança na postura e integridade de seus profissionais, bem como na capacidade das Instituições de analisarem e conduzirem a situação de maneira firme e isenta”, diz a nota da defensoria.
 
“Por fim, reforça que não irá tolerar qualquer tipo de abuso contra defensoras e defensores públicos e que seguirá atuando firmemente para coibir situações de violência ou abuso de poder praticados por quem quer que seja”, finaliza.
 
Posicionamento da PM
 
É com preocupação que assisto uma abordagem realizada nessa noite  de quarta , dia 03, em um restaurante na praça popular. Embora o calor dos fatos deva ser observado para interpretar com justiça a ação policial, figura inconteste a ausência, em grau a ser apurado, do exigido pelo procedimento operacional padrão. Como medida imediata, instauramos a devida sindicância de modo a elucidar todas as condutas, ressaltando, por dever, o total compromisso da PMMT com a eventual responsabilização dos envolvidos na ocorrência, bem como nosso integral respeito e solidariedade aos possíveis cidadãos ofendidos, sejam eles operadores do direito como um dos abordados, sejam quem forem. Importa, sobretudo, esclarecer os fatos em proveito à nossa tropa que trabalha sem olhar cargos ou sobrenomes, sempre tecnicamente.
 
Saliento, por derradeiro, que sempre serei o primeiro a defender minha tropa quando atacadas de forma injusta, mas, o primeiro a cortar na própria carne caso necessário, especialmente àqueles PMs que agirem de forma truculenta e contrária às normas vigentes. Pois é intolerável ações que possam macular a imagem institucional da PMMT. De nossa parte, independente de quem seja, doa a quem doer e sem qualquer corporativismo, a verdade dessa lamentável ocorrência será esclarecida.
 
Alexandre Mendes – Cel PM
Comandante-Geral da PMMT


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