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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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MATEUSINHO

Condenado por manipular resultados no futebol brasileiro, lateral do Cuiabá volta aos treinos

Foto: Gabriel Barros - GE

Condenado por manipular resultados no futebol brasileiro, lateral do Cuiabá volta aos treinos
Cumprindo suspensão de 600 dias por envolvimento em esquema de manipulação de resultados em jogos do futebol brasileiro, o lateral Mateusinho retornou aos treinos do Cuiabá. Desde semana passada ele treina com o elenco, mas segue sem vínculo com o clube, já que foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportivo no âmbito da Operação Penalidade Máxima, em julho de 2023.


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Ele ainda teve que pagar multa de R$ 50 mil. Ele já cumpriu mais da metade da pena e voltou as atividades com a esquadra, sendo reintegrado no grupo nos últimos dias. Nesta quinta-feira (6), ele treinou com o Dourado na preparação para enfrentar o Criciúma, no domingo (9), em Santa Catarina.

Enquanto o time tenta reverter a pena, Mateusinho poderá somente participar dos treinos, sem disputar jogos oficiais.

Condenado

No dia 13 de julho do ano passado, o Pleno do Superior Tribunal de Justiça reduziu a punição ao lateral-direito do Cuiabá, de 720 dias de suspensão para 600, e diminuiu a multa de R$ 70 mil para R$ 50.

 Além de Mateusinho, foram julgados recursos de Ygor Catatau (sem clube), Paulo Sérgio (Operário-PR) e André Queixo (Nam Dinh, do Vietnã). Apenas Catatau teve a pena mantida. Todos eles defendiam o Sampaio Corrêa e foram denunciados por partida da série B.
 
Denunciado pelo Ministério Público de Goiás por participar em esquema de manipulação em jogos do futebol brasileiro, o lateral-direito é acusado de ter cometido uma penalidade durante partida entre o Sampaio Corrêa, então time do jogador, contra o Londrina.

O lance duvidoso aconteceu nos primeiros 19 minutos do jogo, momento em que Mateusinho deu um carrinho, atingindo o adversário. O pênalti só foi marcado após interferência do VAR.

A fraude foi descortinada por meio de interceptações em conversas de WhatsApp apreendidas no celular do atleta. Análise feita pelo Ministério Público de Goiás em seu celular revelou a existência de um grupo no aplicativo em que cinco atletas, todos do Sampaio Correa, debatem sobre a expectativa de recebimento de valores que não foram pagos após o cometimento de um pênalti fraudulento.

Com base na análise preliminar, o MP então externou que o lateral do Dourado, em conluio com outros jogadores, cumpriu sua parte no esquema e esperava receber todo valor prometido.

Ainda segundo denúncia, o acordo, aceito pelo jogador do Cuiabá, consistia no recebimento de até R$ 150 mil pela fraude no resultado. Antes da partida, um dos atletas chegou a receber R$ 10 mil. Além disso, as interceptações indicaram que ele participou do esquema como intermediador para realizar outras apostas ilegais.

Consta que o contato da manipulação de resultado foi intermediado por Luís Felipe com o atleta Ygor Catatau e, durante o jogo, houve o cometimento de pênalti por Mateusinho.

Em uma das conversas interceptadas, um dos participantes do grupo questiona se os valores prometidos seriam recebidos e afirma que “os cara” iriam deixá-los em banho maria, ou seja, não iriam realizar o pagamento combinado.

Em resposta, Mateusinho disse: “Mano os cara não tá cobrando dos maluco lá? Então pronto mano. Nós tem que cobrar aqui. Se fosse nós os cara ia tá em cima cobrando igual eles então em cima dos cara lá. Ué... então tem que cobrar mesmo fi”.

Diante do pênalti cometido entendido como indício forte da participação de Mateusinho no esquema, bem como pelos diálogos que que ele travou nos grupos, os membros da 5ª Comissão o condenaram à multa de R$ 70 mil e suspensão pelo período de 720 dias.  

Além de Mateusinho, foram julgados mais quatro jogadores. Allan Godói (Operário-PR), André Luiz (Ituano), Paulo Sérgio (Operário-PR) e Ygor Ferreira (Sampaio Corrêa). Eles foram denunciados pela Procuradoria, dentre outros, pelos artigos 242 parágrafo único, 243, §§ 1º e 2º e 243- A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
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