Antecipando o embate que deve ser visto na campanha ao Senado, o senador Wellington Fagundes rebateu o deputado federal Neri Geller (PP), e defendeu seu partido, o PL, após o adversário apontar racha e falta de coesão na sigla do presidente Jair Bolsonaro.

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Sem subir o tom, Wellington pontuou que o PL, aproveitando a força de Bolsonaro, foi o partido que mais cresceu em Mato Grosso e garantiu que evita fazer comentários em relação a outros partidos.

"Eu não tenho por base fazer comentários ou críticas a outros partidos. Muito menos as pessoas, acho que cada um faz o seu trabalho e lá na frente a gente vai analisar. O PP está no arco de aliança do PL. Prefiro dizer que nosso partido está indo muito bem, obrigado. Nós fizemos a meta de casa, trabalhando muito e continuaremos trabalhando para conquistar mais filiados", declarou.

A fala de Neri teve como base as notícias de que recém-filiados estariam descontentes com o PL, antes mesmo do fim do prazo da janela partidária, que se encerrou no dia 1º de abril. O deputado federal José Medeiros, por exemplo, teria cogitado desconsiderar ficha de filiação, por não ter conseguido levar para o partido algumas de suas lideranças. Além disso, pré-candidatos à Assembleia Legislativa quase abandonaram o barco com a possibilidade de filiação de alguns nomes, como Faissal Calil (Cidadania) e Ulysses Moraes (PTB).

Dias depois da janela, Wellington garantiu que não teve briga interna e que as diferenças foram equalizadas.

"É natural que as pessoas procurem os seus espaços. Medeiros gostaria de ser candidato a senador, mas não cabe dois candidatos a majoritária do mesmo partido. Mas, cabe duas lideranças como a do Medeiros e dos outros, como Coronel Fernanda e Nelson Barbudo. Está totalmente pacificado. A presença do Medeiros é tranquila, ele foi eleito na minha chapa em 2018, é da minha base e vamos fazer um grande trabalho, com foco na eleição do presidente Bolsonaro", declarou.

Apoio de Bolsonaro

Wellington também tratou de afastar qualquer possibilidade de não ter apoio explícito de Bolsonaro a sua candidatura ao Senado.

"O presidente está filiado ao PL, ele é o 22, eu também sou. Acredito que o presidente vai apoiar todo o partido, não quer dizer que dentro de uma coligação não possa ter outros nomes. Acredito que cada um faz o seu trabalho. O Tarcísio queria seria candidato aqui em Mato Grosso, o que foi trabalhado com o presidente é que não daria para ele, e acabou sendo pré-candidato a governo de São Paulo", declarou.