Fechada a janela partidária há uma semana, os pré-candidatos a cargos eletivos intensificam agora a formação dos grupos que deverão apoiá-los na caminhada até o dia das eleições. Em busca da cobiçada terceira cadeira de Mato Grosso no Senado, o deputado federal Neri Geller (PP) já conta com pelo menos uma presença garantida em seu arco de aliança: o PSD. A garantia foi dada pelo presidente da sigla no estado, senador Carlos Fávaro, como uma forma de reconhecimento a ajuda que teve do grupo de Neri em 2020, quando se elegeu na eleição suplementar.

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“O partido vem trabalhando para aumentar suas bases, porque uma mensagem não chega sozinha pela boca de uma pessoa só, principalmente num estado de tamanho de Mato Grosso. Nós precisamos de gente ao nosso lado, militantes em todos os cantos. Da minha parte, do PSD, temos o reconhecimento de tudo que esse grupo [de Neri] fez na minha eleição”, declarou Carlos Fávaro, no último sábado (09), durante encontro do PSD em Cuiabá.

A declaração de Fávaro chega como um fôlego a campanha de Neri, num momento em que surgem rumores de debandada de alguns dos principais articuladores da candidatura do deputado federal ao Senado, entre eles o ex-ministro Blairo Maggi, que estaria desacreditado do projeto.

O principal adversário de Neri, até o momento, é o senador Wellington Fagundes (PL), que busca reeleição. A preocupação do grupo do progressista é quanto a presença do presidente Jair Bolsonaro e do governador Mauro Mendes (União) no palanque de Fagundes, ambos com capilaridade e poder de decisão no pleito deste ano.

Enquanto os grupos não fecham, Neri segue em busca da neutralidade do chefe do Planalto na campanha ao Senado em Mato Grosso, o que por consequência também aumentaria as suas chances de ter o apoio de Mauro Mendes.