Eleito com 44.705 votos, a sexta maior votação para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso este ano, o deputado Gilberto Cattani (PL) afirmou que se articula para integrar a composição da próxima Mesa Diretora. Ele fez elogios aos dois principais cotados para concorrer à Presidência, deputados Eduardo Botelho (UNIÃO) e Max Russi (PSB), mas pregou a alternância de poder e disse que quer sair do “baixo clero”.
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“Sim, é verdade [pretende disputar eleição da Mesa]. Nós queremos participar da Mesa, porque entendemos que quanto mais participarmos mais podemos falar com propriedade. Atualmente eu estou igual sabão em cima da bacia, escorregando, porque não adianta eu falar de uma coisa que eu não posso mudar. Na Mesa Diretora sim, a gente tem poder de dar opinião no sentido de mudar alguma coisa. Enquanto a gente está no baixo clero, a gente não tem esse poder. Como eu tive uma votação um pouco melhor, eu vou poder sair da bacia e deixar de ser o sabão”, disse o deputado.
A eleição para a Mesa Diretora ocorre apenas no próximo ano, mas as articulações para a formação das chapas que irão concorrer já estão a todo o vapor. O atual presidente da Casa, Eduardo Botelho, afirmou que já conta com o apoio de 14 parlamentares para ser reconduzido ao cargo. Porém, o deputado aguarda que a Justiça decida se ele poderá disputar mais uma vez. Ele já está na cadeira há 3 mandatos consecutivos.
O outro deputado que, nos bastidores, já contaria com o voto de pelo menos 9 colegas, Max Russi tem evitado falar publicamente sobre o assunto, mas internamente vem costurando sua candidatura de maneira intensa. Atualmente, ele é 1º secretário da Assembleia, cargo responsável por conduzir o orçamento do Legislativo.
Cattani disse que não foi procurado por nenhum dos dois, mas fez elogios aos deputados. “São dois grandes caras capacitados, mas acredito muito na alternância de poder e de ideias. Seria muito salutar trocar as ideias de quem comanda a Mesa”, pontuou.
Produtor rural, Gilberto Cattani foi eleito suplente de deputado em 2018 e assumiu uma vaga no Parlamento após a morte do deputado Sílvio Favero. Assentado pelo Incra, ele afirma ter como pautas as questões agrárias e a agricultura familiar, mas foi sua defesa ferrenha ao presidente Jair Bolsonaro (PL) que o colocou em evidência. Assumirá seu segundo mandato.
