Cumprindo agenda na COP-27, em Sharm El-Sheikh (Egito), o governador Mauro Mendes (União) criticou o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por defender o desmatamento zero na Amazônia. Disse que é um “atentado contra a nação” não permitir a exploração das “riquezas florestais”.
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Em declarações para a BBC e CNN nesta segunda-feira (14), Mauro ainda pontuou que não há que se questionar a legislação vigente, que permite o desmatamento em parte das propriedades rurais.
“O que vale no país não é o que eu penso ou o que atual presidente e o próximo pensam. O que vale é o que está nas leis brasileiras. Como agentes políticos nós até podemos propor ao Congresso Nacional uma mudança e se for aprovado muda os normativos em qualquer área. Isso vale para o meio ambiente e vale para todas as outras”, disse na CNN.
“Essa lei brasileira tem que ser respeitada, pois deve ser a mais restritiva do mundo. O que tenho dito é isso, não podemos falar em desmatamento zero, pois estaríamos abrindo mão desses 20%. Temos que falar e o que faço no Estado é combater o desmatamento ilegal. Se alguém está fazendo algo fora da lei, temos que aplicar todas as sanções previstas. Por isso disse que nem eu, nem ninguém, pode defender algo que seja diferente daquilo que está na lei. Pode defender a mudança da lei, mas não defender algo ao arrepio da nossa legislação”, completou.
Mais cedo, o governador afirmou ser “muito feito” um presidente fazer uma proposta que é ilegal. “Nós temos enormes riquezas minerais na região amazônica. Será desmatamento zero? Nós vamos ficar 1 milhão de brasileiros passando fome sem poder explorar essas riquezas. Se o Brasil fizer isso, é um atentado contra nossa própria nação. Nós não podermos cometer um crime contra o nosso país”, afirmou à BBC.
Acompanhado de outros governadores que compõem o consórcio interestadual da Amazônia Legal, Mauro deve encontrar Lula na próxima quarta-feira (16), durante reunião na COP-27. Na ocasião, os gestores estaduais irão entregar uma carta ao petista.
