Sob novo comando em Mato Grosso, o PL acaba de se envolver em uma crise com um de seus principais aliados em Rondonópolis (212 km de Cuiabá): o MDB. A deputada Janaina Riva (MDB), que em 2022 fez uma campanha intensa pelas candidaturas de Jair Bolsonaro para presidente e de seu sogro, o senador Wellington Fagundes, ambos do PL, disse que a sigla está “cuspindo no prato que comeu”.

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A declaração de Janaina é em resposta ao presidente do PL no Estado, Ananias Filho, que rejeitou aliança com Thiago Silva no Município por considerá-lo “muito alinhado à esquerda”.

“O PL está cuspindo no prato que comeu. Em 2022, o PL insistiu e trabalhou pela coligação com o MDB. O partido foi crucial para sacramentar a vitória do senador Wellington Fagundes. Ao desdenhar das candidaturas do MDB, o PL mostra desprezo às alianças construídas no passado. Além disso, o Deputado Thiago Silva, como outras lideranças emedebistas, atuou em apoio à candidatura presidencial do PL. O MDB, maior partido de Mato Grosso, preza pela liberdade de escolha dos seus filiados e despreza injustiças e inverdades”, rebateu a emedebista.

Conforme divulgado pelo Olhar Direto, Ananias afirmou em um programa de podcast que o PL deverá ter uma candidatura que represente a “direita raiz” em Rondonópolis, citando como possíveis candidatos o ex-deputado estadual Delegado Claudinei, o jornalista Agnelo Corbelino, ambos filiados no PL, e o deputado estadual Cláudio Ferreira, que está filiado no PTB, mas já recebeu convite do ex-presidente Jair Bolsonaro para compor a sigla.  

Ao ser questionado sobre a aliança com o MDB, Ananias disse que foi procurado por Thiago, mas que uma eventual coligação estava absolutamente descartada. “O MDB representa a esquerda em Mato Grosso desde 1982. PL é um partido de direita e quem não aceitar isso é convidado a sair da legenda. Não aceitamos erguer outras bandeiras que não sejam as da direita em Mato Grosso e no Brasil”, enfatizou o dirigente.

Ananias assumiu o PL de Mato Grosso oficialmente no início deste mês, em substituição ao senador Wellington Fagundes, que passou para a função de presidente de honra da legenda.