O deputado Wilson Santos (PSD) disse que se os policiais civis da Delegacia de Estelionato estivessem usando as câmeras durante o serviço teriam mais cautelosos durante o confronto com José Pinto, 87 anos, ocorrido na sexta-feira (23). O idoso foi morto com um tiro no peito e os policiais afirmam que ele teria reagido a uma ação policial, em sua propriedade em Cuiabá.
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“Eu não tenho nenhuma dúvida de que se o policial estivesse usando, portando a câmera na farda ele pensaria duas vezes antes de atirar ainda mais quando se trata de um decano de quase 90 anos, na sua propriedade”, disse o deputado.
O assunto “câmeras nas fardas” é debatido desde o ano passado pela Assembleia Legislativa (ALMT). Recentemente, o assunto voltou a ser tema da discussão depois que o governo do Rio de Janeiro decidiu implantar câmeras nas fardas de policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope). O governador Mauro Mendes (União), no entanto, é contrário à propositura.
Após a morte de João Pinto, Wilson voltou a falar sobre o projeto. O filho de José Pinto, que tem o mesmo nome do pai, afirmou à reportagem que o idoso estava sofrendo ameaça por parte de pessoas que se diziam ser de facções criminosas e estavam tentando tomar as suas terras. O familiar garante que o pai não teria reagido e que foi executado por policiais.
“A câmera inibe, o policial sabe que ele agir de maneira precipitada, se ele agir com negligência, se ele agir com imperícia, as imagens vão se provas contra esse comportamento inadequado. Mas, não tenha dúvidas, mais dias, menos dias todos usarão as câmeras”, defendeu o ex-tucano.
Um inquérito foi instaurado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para investigar a morte de João Pinto. Os investigadores buscam saber o que os policiais teriam ido fazer na propriedade do idoso. O fato ocorreu em uma espécie de hangar.
