O governador Mauro Mendes (União) ressaltou a boa intenção de deputados estaduais ao debaterem soluções para combater a violência contra motoristas de aplicativo em Mato Grosso. Pontuou, no entanto, que tornar obrigatória a distribuição de um “botão do pânico” para os trabalhadores por parte das empresas como Uber e 99 não seria solução.
A proposta de autoria do presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União), e da deputada Janaina Riva (MDB), e atende sugestão da própria categoria, após assassinatos em série de três motoristas nesta semana.
“É uma tentativa válida, mas não é a solução. Pode ajudar, mas não acredito que isso vai diminuir ou evitar esse tipo de crime. As pessoas têm que ter medo de praticar o crime, a partir do medo vem o respeito”, afirmou, durante entrevista ao PodOlhar, do Olhar Direto, já disponível no Youtube e plataformas de podcast.
De acordo com Mauro, é preciso endurecer de fato as leis penais brasileiras para que parte da população tenha real temor das punições. Citou o exemplo do cinto de segurança, que hoje praticamente todos motoristas e passageiros usam, por cota das leis de trânsito.
“Igual a questão do cinto, no começou as pessoas tinham medo de serem autuadas, foram acostumando e hoje elas têm medo. Criou uma cultura; isso é o que temos que fazer no país”, afirmou.
“No Brasil é muito comum isso, a gente ataca os problemas sempre de forma errada. Atacamos o problema da forma errada e ficamos nesse lenga-lenga. Claro que a Assembleia Legislativa está bem-intencionada, porque não é ela que pode mudar as leis nacionais para reestabelecer o respeito”, pontuou.
Elizeu Rosa Coelho, de 58 anos, Marcio Rogerio Carneiro, de 34 anos, e Nilson Nogueira, de 42 anos, foram brutalmente assassinados por três jovens, sendo dois deles menores de idade, com 15 e 17 anos. Conforme as investigações, o trio tinha prazer em cometer os crimes.
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