O secretário de Fazenda, Rogério Gallo, defendeu que a tributação de compras internacionais tenha um percentual menor do que foi aprovado pela Câmara Federal. Na última semana, os parlamentares aprovaram o texto taxando em 20% nas aquisições de importados acima de US$ 50 (R$ 265). A matéria passou nesta quarta-feira (05) pelo Senado e foi aprovada nos mesmos termos.
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Gallo destacou que a medida atende ao setor produtivo que reclama que cerca de 80% das compras de produtos internacionais são acima de US$ 50, o que impacta a geração de emprego no país.
“O setor reclama que isentar até US$ 50 significa gerar empregos na China e não gerar empregos aqui, está roubando empregos do Brasil, mas esse é um debate que o ambiente mais legítimo para acontecer é no Congresso Nacional, mas talvez não a tributação nesses patamares, uma tributação menor”, destacou.
Gallo rebateu o apontamento dos comerciantes alegando que um percentual menor seria melhor para analisar se, realmente, as compras de importados estão travando o crescimento de novas vagas de emprego.
Em sua avaliação, esse tópico, não é o único que atrapalha a geração de emprego, mas sim outros problemas administrativos. O secretário ressaltou que a taxação vai atingir a classe média, que recorre a compras internacionais para aquisição de produtos mais baratos.
“Precisamos de um bom ambiente de negócio de juros menores, não vamos conseguir competir com a China com a maior taxa de juros do mundo. Quer dizer, não basta também você tributar, você vai atingir ali o bolso da classe média e do trabalhador em relação a essa questão, sem resolver outros problemas que impactam também a nossa produtividade”, frisou.