O deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Cuiabá, Eduardo Botelho (UNIÃO), ironizou nesta quarta-feira (5) os parlamentares que votaram pelo arquivamento do pedido de instauração de mais uma comissão processante contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). A proposta, que partiu da vereadora Maysa Leão (Republicanos), alegava um suposto calote de R$ 30 milhões referente ao não pagamento de emendas parlamentares do prefeito de Cuiabá aos vereadores.
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O deputado afirmou que se os vereadores optaram pelo arquivamento do processo, é porque estão satisfeitos com a gestão do executivo municipal. Doze vereadores votaram pelo arquivamento do pedido, enquanto dez votaram pela investigação do prefeito. Três parlamentares faltaram à sessão.
“Se eles [vereadores] estão satisfeitos com o não pagamento [das emendas]... Se eles aprovaram [o arquivamento da comissão processante], é porque estão satisfeitos. Nada a declarar. Aqui na Assembleia nós temos e são pagas as emendas impositivas. Isso contribui muito com o parlamento, com as pequenas obras dos bairros de Cuiabá, por exemplo, que o vereador tá no ano e pode ver. Esse é o meu pensamento, mas se eles estão se sentindo bem dessa forma, paciência”, ironizou Botelho.
O documento apresentado pela vereadora Maysa Leão pedia a apuração da prática de infração político-administrativa, com possível perda do mandato. Ela destacava que o prefeito não vem cumprindo as leis aprovadas pelo parlamento, “comprovando o desprezo dos Vereadores e Vereadoras desta Casa de Leis”.
Ela citou no requerimento as emendas que foram apresentadas em 2022 e que ainda não foram pagas, como uma de R$ 50 mil para implementação de ações no combate à violência contra mulher e R$ 90 mil para investimentos nos serviços bucais oferecidos pelo centro de especialidades odontológicas.
Além disso, a vereadora destacou as emendas apresentadas pelos seus colegas no ano passado para que a Secretaria Municipal de Saúde pudesse realizar mutirão de cirurgias eletivas, visando atender pacientes da capital.
No entanto, as justificativas apresentadas por ela não foram suficientes para convencer a base do prefeito a votar favorável ao requerimento.