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RAGNATELA

Citado em operação, Marcus Brito nega envolvimento com CV e lembra que não foi alvo de mandado

13 Jun 2024 - 11:30

Da Redação - Pedro Coutinho / Do Local - Max Aguiar

Foto: Reprodução

Citado em operação, Marcus Brito nega envolvimento com CV e lembra que não foi alvo de mandado
O vereador Marcus Brito Júnior (PV), citado no relatório da Operação Ragnatela, que desarticulou esquema de lavagem de dinheiro executado pelo Comando Vermelho em Cuiabá, negou qualquer vínculo com a facção e disse que o seu ex-assessor, Elzyo Jardel Pires, que foi preso, saiu do seu gabinete há dois anos atrás para trabalhar ao lado do parlamentar municipal Paulo Henrique de Figueiredo (MDB), acusado de participar da trama.


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Em coletiva à imprensa nesta quinta-feira (13), Brito lembrou que seu nome foi apenas citado, mas que ele não foi alvo da investigação, não teve seu sigilo bancário quebrado nem seu telefone celular interceptado pela Polícia Federal.

Reforçou que sim, Elzyo trabalhou em seu gabinete, mas lembrou que as transações suspeitas foram feitas por ele ao ex-assessor, e não o contrário.

“Eu não tive minha conta bancária quebrada, não tive sigilo telefônico quebrado e não fui alvo de busca e apreensão. Em janeiro de 2021, tive um assessor Elzyio Jardel Pires, que não me envergonho em nenhum momento de ter o nomeado em meu gabinete. Ele foi de janeiro de 2021 a junho de 2022, então, se você parar para pensar, há quase dois anos ele não faz mais parte do meu gabinete. E nós não temos nenhum meio de comunicação”, disse Brito.

A Polícia Federal identificou 11 movimentações entre Brito e Elzyo, totalizando apenas R$ 17 mil, ao passo que todo esquema teria lavado milhões. A informação consta no relatório policial que embasou a Operação Ragnatela, desencadeada pela PF, e quem como alvo o vereador Paulo Henrique (MDB). Brito Júnior não foi alvo, contudo, é citado nas investigações.
 
Segundo a denúncia, Brito e Paulo Henrique fariam parte juntamente com o ex-secretário-adjunto de Fiscalização da Ordem Pública de Cuiabá, Benedito Alfredo, de um suposto esquema para pressionar as casas noturnas em contratar shows de funk com a facção criminosa, sob ameaças de ter o alvará cassado ou sofrer fiscalizações surpresas, que poderiam culminar com a interdição dos estabelecimentos, sendo que as fiscalizações seriam determinadas por agentes públicos.
 
Conforme o relatório, o elo de Brito e Paulo Henrique com os criminosos se daria por meio de seus assessores, respectivamente, Rodrigo Leal e Jardel Pires, que repassariam valores obtidos de forma espúria aos referidos parlamentares. Ocorre que Jardel Pires saiu do gabinete de Brito há dois anos, e de lá migrou para o escritório de Paulo Henrique.

“Ele escolheu um projeto novo, pediu para sair do gabinete e saiu. Isso eu posso comprovar com ata de nomeação e ata de exoneração. Meu nome foi citado: vereador existiam transferências de você para o citado. Existem valores, isso foi o sigilo bancário dele”, acrescentou Brito.

Sobre a possível relação entre Brito, seu ex-assessor e o Comando Vermelho, o parlamentar disse que tem agenda abarrotada de ações que promove em Cuiabá, e que lida com milhares de pessoas em seus compromissos, o que o impossibilitaria de identificar se alguém seria ou não membro da facção.

“Estive nessas datas com mais de mil pessoas. Está escrito na cabeça de alguém se é faccionado ou ligado a facção criminosa? Não! Eu não consigo distinguir isso nas pessoas, e eu não tenho nada a ver com a vida privada de cada um, eu tenho que responder ao meu trabalho e à sociedade cuiabana”, salientou.

Marcus Brito promove eventos em datas comemorativas, e conta com 14 assessores para lhe auxiliar nos compromissos do Dia das Mães, Páscoa, das Crianças, Natal, futebol amador, etc. Jardel trabalhou com ele como assessor externo, auxiliando na colheita e formalização de indicações, entre janeiro de 2021 a julho de 2022, período em que o esquema teria se intensificado, segundo as investigações.

“Em um ano e seis meses de trabalho, eu transferi, realmente, da minha conta para a dele, algo em torno de 17 mil – que foi citado no inquérito”, completou. Ele ainda se colocou à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos e, por fim, disse que seu nome foi citado de forma indevida.

“Com certeza (fui citado de forma indevida). A relação podia ser porque ele estava sendo investigado. Mas se você puxar as transações, em sua maioria, é da minha conta para a dele, não da dele para minha. E se você pegar as transações do trabalho, é de 30 milhões, quase 70 milhões. Eu tive 17 mil reais em 17 meses, 18 meses. Então, gente, é o mínimo que eu peço para vocês da imprensa: uma retratação”, finalizou.

O vereador Paulo Henrique (MDB), alvo de busca e apreensão na Operação Ragnatela, desencadeada na semana passada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), usou a tribuna da Câmara de Cuiabá para responder algumas acusações do relatório da Polícia Federal, incluindo a parte que o acusa de receber propina e se envolver com esquemas do Comando Vermelho. Além disso, o parlamentar também pediu licença parlamentar de 31 dias para poder se defender. 
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