O secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, negou haver dificuldades com a destinação de emendas parlamentares para realização de cirurgias eletivas. Ele afirmou que a pasta já empenhou mais de R$ 50 milhões dessas emendas de acordo com os planos apresentados. “Não há equívoco, há, sim, necessidade sempre de clarificar melhor”. 

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Neste ano, parte das emendas parlamentares, as chamadas emendas impositivas, foram pactuados com o governo do estado e obrigatoriamente devem ser destinados à saúde. Em um acordo firmado entre Paiaguás e deputado, ficou definido que os valores devem ser aplicados nas cirurgias eletivas. O valor total é de aproximadamente R$ 80 milhões. 

Funciona da seguinte forma: os deputados fazem a indicação dos municípios que devem receber esses recursos. Em seguida, a SES aprova um plano de cirurgia com as cidades,  passa a monitorar a realização dos procedimentos e, depois, realiza o pagamento à medida que as cirurgias vão sendo realizadas.

De acordo com o secretário, Mato Grosso tem atualmente 50 mil pessoas que aguardam ou por uma cirurgia ou por um procedimento de alta complexidade, segundo consta no sistema Sistema Nacional de Regulação (Sisreg) - sistema disponibilizado para as secretarias de saúde regularem o acesso aos procedimentos ambulatoriais e hospitalares.

No entanto, Figueiredo diz que esse número pode estar defasado pelo fato de que nem todos os municípios utilizam o mesmo sistema de regulação. Ele diz que algumas cidades ainda utilizam planilhas de Excel. O secretário afirmou que a secretaria de Saúde já trabalha no lançamento de uma plataforma para que todos os municípios sejam obrigados a utilizar o mesmo sistema.