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Quarta-feira, 03 de julho de 2024

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Ex-prefeito de Sorriso

Gravado recebendo dinheiro de Silval, Zé Domingos muda domicílio eleitoral e vai disputar Prefeitura de Nobres

Foto: Reprodução

Gravado recebendo dinheiro de Silval, Zé Domingos muda domicílio eleitoral e vai disputar Prefeitura de Nobres
Ex-prefeito de Sorriso por 3 mandatos, ex-deputado por 3 legislaturas e ex-vereador, José Domingos Fraga Filho, o “Zé Domingos”, tenta voltar à chefia de uma Prefeitura em uma nova cidade de Mato Grosso. Ele é pré-candidato a prefeito em Nobres. Nas redes sociais, o ex-prefeito tem intercalado postagens de feitos de suas gestões em Sorriso, com publicações de visitas a moradores nobrenses em suas respectivas casas, e visitas a pontos turísticos da cidade.


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“Não podemos perder o impulso! Vamos seguir criando ideias e transformando-as em projetos concretos para toda a comunidade Nobrense”, escreveu em uma postagem. “O #TBT de hoje são esses lindos Ipês rosa que plantei em minha gestão quando fui prefeito da cidade de Sorriso-MT”, publicou em outra. 

Quando deputado estadual, José Domingos, assim como outros parlamentares, foi filmado recebendo supostas propinas pagas nos anos de 2012 e 2013, durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa, no escândalo conhecido como "mensalinho". No vídeo, ele aparece recebendo R$ 100 mil de Silvio Cesar Corrêa, ex-chefe do Palácio Paiaguás. 

O esquema envolvia o pagamento de propinas pelo ex-governador a deputados estaduais para garantir a governabilidade de Silval e que as contas do governo fossem aprovadas pela Casa de Leis, segundo o Ministério Público Federal (MPF).  À época, um grupo de deputados da AL solicitou do governo do estado o pagamento de propina no valor de R$ 1 milhão para cada Deputado Estadual.

O ajuste de tais valores era intermediado pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa e repassados em espécie aos Deputados Estaduais integrantes do esquema. Em 2020, nove ex-deputados, incluindo Zé Domingos, viraram réus por crimes de corrupção ativa e associação criminosa.

Em fevereiro de 2019, Fraga foi admitido na Assembleia Legislativa como secretário parlamentar da mesa diretora. Ele foi exonerado da função há um mês, no dia 2 de junho, às vésperas do prazo final de  desincompatibilização - que é quando um pré-candidato deve se afastar, de forma temporária ou definitiva, de determinado cargo ou função para concorrer a uma vaga na eleição. O último salário líquido recebebido por ele foi R$ 19.104,31, conforme disponível no Portal da Transparência da AL. 
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