O deputado estadual Beto Dois a Um (União) criticou o projeto de lei apresentado pelo seu colega de parlamento, Lúdio Cabral (PT), que determina preço da passagem do Ônibus de Transporte Rápido (BRT) a R$ 1 durante cinco anos.
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Na avaliação do parlamentar, a proposta é desconexa da realidade e que Lúdio sugeriu o tema apenas para “jogar pra plateia” porque é pré-candidato a prefeito de Cuiabá nas eleições deste ano.
“A gente não pode jogar pra plateia, a gente tem que ter clareza, a gente não pode jogar a vida das pessoas. Mato Grosso, Cuiabá principalmente, já sofreu tanta com esse VLT que nunca saiu do papel, casualmente ontem o governador eu acho que colocou a última pedra em cima desse momento vergonhoso da história da política mato-grossense”, destacou.
Lúdio e Botelho protagonizaram um bate-boca no plenário durante o debate sobre o projeto apresentado pelo petista na sessão ordinária de quarta-feira (3). O petista acusou o presidente do parlamento de tentar engavetar o requerimento de urgência, para que a matéria pudesse tramitar de forma mais ágil, depois de uma extensa discussão, Botelho chegou a empurrar seu colega. Ele contou que Lúdio não respeitou os trâmites previstos no Regimento Interno e que partiu para cima exigindo que a matéria tivesse votação nominal.
Na proposta, o deputado destacou que a propositura que estabelece tarifa do BRT a R$ 1 por cinco anos, tem viabilidade e que os recursos para garantir o preço poderia sair do montante arrecadado pelo Governo do Estado com a venda dos vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ao Governo da Bahia.
Ele explica que a medida vai custar cerca de 20% do valor que o estado recebeu com a operação de venda, ou seja, cerca de R$ 200 milhões durante a vigência da legislação.
O Governo de Mato Grosso formalizou a venda dos vagões VLT para o Estado da Bahia. A negociação foi mediada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Os 40 vagões foram negociados pelo valor de R$ 793,7 milhões, divididos em quatro parcelas anuais, corrigidas pela inflação, o que pode levar ao preço final de R$ 1 bilhão. Segundo o Executivo, os recursos vão ressarcir os cofres do Estado e serão suficientes para custear as obras do Sistema BRT, bem como a compra dos veículos.