A partir desta quarta-feira (12), as escolas estaduais em Cuiabá receberão um botão do pânico para alertar em casos de ocorrências. A medida deverá ser ampliada para o restante do Estado nos próximos dias. Entre outras medidas discutidas entre as secretarias de Educação e de Segurança Pública, a orientação é para que pais e responsáveis revistem os estudantes antes de saírem de casa.

Leia mais:
Estudantes que divulgaram mensagens de ameaças a escolas são detidos pela Polícia Civil

“Ouvimos as ações que serão tomadas imediatamente pelo Governo de Mato Grosso, algumas delas, por exemplo, em Cuiabá já começa hoje dentro das escolas estaduais a funcionar o botão do pânico. É importante porque assim que acionado os policiais militares atendem o chamado imediatamente. Outra medida importante é esse convênio que será feito entre as secretarias de Segurança e de Educação, das câmeras de vigilância, que serão coordenadas pelo setor de inteligência da Sesp. Algo que foi também bastante requerido pela Defensoria Pública e o Ministério Público são os psicólogos dentro das escolas para a resolução dos conflitos. E também um pedido aos pais e mães, para que façam a revista do material de seus filhos antes de irem para a escola”, disse a deputada Janaina Riva (MDB), após a reunião.

Além de Cuiabá, nos próximos dias as escolas estaduais das cidades de Várzea Grande, Rondonópolis e Cáceres também terão as medidas implementadas.

A reunião desta quarta-feira foi proposta pelo Governo para tratar do plano de ações de inteligência, policiamento ostensivo e monitoramento das escolas. Além disso, o encontro irá definir o início do processo para instalação de câmeras de monitoramento nas unidades estaduais de ensino.

Segundo o secretário de Segurança Pública, César Augusto Roveri, o controle de acesso as unidades será monitorado em tempo real. O acesso às imagens se dará por meio do programa Vigia Mais MT e, paulatinamente, a expectativa é que todas essas ações alcancem inclusive a rede particular de ensino.

“Nós vamos orientar todos os diretores, a Seduc vai repassar o recurso direto para a conta das escolas. E aí a escola fica responsável por contratar as empresas para realizar esse serviço. Lembrando que as câmeras serão integradas ao sistema da Sesp e o diretores também vão ter acesso à essas imagens”, explicou o secretário de Educação Allan Porto.

Por meio da Operação Escola Segura, a Polícia Civil de Mato Grosso tem defendido a ampliação do diálogo com as plataformas responsáveis pelas redes sociais em atuação no Brasil. Para os delegados, a cooperação é fundamental para prevenir e reagir aos casos de violência nas escolas, bem como para identificar pessoas que incentivem esses ataques.

Além disso, a PJC alerta para que não haja a divulgação na imprensa em relação a autores, imagens, vídeos ou símbolos que os identifiquem. A medida previne o chamado “efeito contágio”, que pode desencadear outros ataques ou eventos semelhantes em um curto período e em uma área geográfica próxima.

“Vamos lembrar que estamos falando de crianças, temos crianças de 9 anos que foram detidas, 10 anos, 12 anos, com facas, canivetes, armas brancas. Então é necessário que os pais façam essa conferência. Eu até entendo que deveríamos ser um pouco mais drásticos e realizar essa revista também nas escolas. Eu como mãe gostaria que meus filhos fossem revistados para garantir a segurança deles”, pontuou a deputada Janaina Riva.