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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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situação precária

Moradores de bairro em Várzea Grande sofrem com ruas esburacadas e falta e saneamento

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Moradores de bairro em Várzea Grande sofrem com ruas esburacadas e falta e saneamento
Os moradores do bairro Jardim Esmeralda, em Várzea Grande, sofrem diariamente  com problemas de infraestrutura urbana e falta de saneamento básico. Ranking divulgado pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a GO Associados, apontou que o município é o que menos investe em tratamento de água e esgoto no país. Também aparece como uma das cidades que têm o pior índice de perda na distribuição.


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A reportagem do Olhar Direto percorreu alguns pontos do bairro. Por conta das enormes crateras, em algumas ruas não passam carros e até os pedestres encontram dificuldades de locomoção. Os moradores pontuam que costumam deixar o lixo na esquina, para que o caminhão da coleta pegue.
 
Moradora da Rua São Sebastião há cerca de 25 anos, Deolinda Ferreira, de 67 anos, contou que as ruas sempre ficam destruídas no período chuvoso. Ela inclusive já mandou reclamações para uma emissora de TV, mas nada aconteceu. “Tem uns quatro, cinco meses que já não passa carro. O povo fala que consta na Prefeitura que já está asfaltada”.
 
Na Rua Três, a idosa Jacira Galdêncio, 63 anos, lembrou que já presenciou vários veículos que ficaram presos nos buracos da região. Moradora do bairro há 23 anos, ela afirmou que faz alguns anos que a Prefeitura não manda um trator para melhorar a situação das ruas.

Em frente ao comércio de Joadir Sampaio, 58 anos, há um cano estourado. Por isso, há desperdício de água. Ele reclama que perdeu quase todos os clientes por conta da situação da rua. Ele acredita o Poder Público esqueceu-se da existência do bairro. “Precisamos de esgoto. Arrumar todos os canos que estão estourados”, pontuou.



 
Situação crítica
 
O índice em que Várzea Grande aparece como pior colocada é a média dos investimentos feitos em água e esgotos, comparativamente aos valores arrecadados nos últimos cinco anos. São considerados não apenas os investimentos realizados pela prestadora, mas também os feitos pelo poder público (Município e Estado). Quanto maior for essa razão, melhor posição a cidade consegue no ranking.
 
O indicador médio dos municípios equivale a 23,19%, ou seja, menos de 1/4 dos recursos arrecadados com os serviços foram reinvestidos nos serviços. Neste ranking, Várzea Grande aparece com 0% de investimentos, em relação a arrecadação. Já Cuiabá está bem colocada e figura no Top 10, situada na quarta colocação, com 85,51%. Em primeiro está Santarém (PA), com 556,2%.
 
Várzea Grande também figura entre as com piores índices nas Perdas de Faturamento Total. Neste quesito, a pesquisa procura aferir o volume de água produzida, mas não faturada. As perdas ocorrem por vazamentos, erros de leitura dos hidrômetros, furtos (gatos) e outros fatores. A cidade aparece com perdas de faturamento de quase 63%. O município também figura como um dos que mais perde na distribuição de água (60,70%).
 
O estudo aborda os indicadores de água e esgotos com base nos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), divulgado anualmente pelo Ministério das Cidades, e que reúne informações fornecidas pelas empresas prestadoras dos serviços nessas cidades. Os dados consultados são de 2016, os últimos publicados pelo Ministério das Cidades.
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