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Sexta-feira, 26 de julho de 2024

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Falou em gambiarra

Medeiros afirma que Mauro tenta postergar eleição para ter vantagem: “Depois disto, pode tudo”

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Medeiros afirma que Mauro tenta postergar eleição para ter vantagem: “Depois disto, pode tudo”
O deputado federal José Medeiros (Pode) afirmou, em áudio que circula pelas redes sociais, que a intenção do governador Mauro Mendes (DEM) em pedir a postergação da eleição suplementar para preencher a vaga no Senado é ter vantagem para que possa eleger o seu candidato. O parlamentar classificou o pedido para que Carlos Fávaro assuma interinamente como ‘gambiarra’ e afirmou que, depois de usar o coronavírus como motivo para esticar o prazo, “pode tudo”.


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“O governador quer eleger o candidato dele, chega na eleição de prefeito, imagine qual prefeito que vai querer ficar contra o governador. Ainda mais todo mundo no pleito. Vão trabalhar igual um jumento para eleger o candidato dele [Mauro Mendes”, disse o parlamentar no áudio.
 
Para Medeiros, a postergação da suplementar desequilibra o pleito e afronta a lei. “Ela diz que são 40 dias. O tribunal aceitou que fosse esticado esse prazo, devido a complexidade, o tamanho do Estado. Mas todo crime doloso tem atos preparatórios. Veja que, primeiro fez o pedido da gambiarra para poder ficar o candidato do governador”.
 
“Depois, pede-se a elasticidade do prazo. Isso é o jogo, fazer o que. Desequilibra, não há que dizer que é coronavírus. Estávamos no ministério hoje, disseram que isso não poderia acontecer, mas falei que em Mato Grosso acontece de tudo. Depois de usar o coronavírus para querer prorrogar a eleição, pode tudo”, finalizou o deputado.


O pedido

O governador enviou pedido para que a eleição suplementar ao Senado seja suspensa. Há sugestão para realização junto do pleito municipal, em outubro. Requerimento se apoia em três argumentos.   

O primeiro fato é que o cargo não está vago. Mesmo com a cassação de Selma Arruda confirmada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a juíza aposentada ainda permanece no cargo, aguardando rito interno que prevê ampla defesa.

O segundo fato é o custo financeiro que a eleição suplementar pode gerar, estimado em R$ 8 milhões. Conforme o governador, seria mais “sensato” realizar o pleito suplementar no mesmo período da eleição municipal, em outubro. 
 
O terceiro argumento cita risco à saúde pública. Segundo o governador, o coronavírus está em expansão. Assim, seria necessário evitar aglomerações e compartilhamento de objetos. 

Favorecimento?

O secretário chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, afirmou que o pedido do Governo do Estado de transferir a eleição suplementar ao Senado para outubro não visa beneficiar candidato "A ou B", mas sim solucionar questões de economia aos cofres de Mato Grosso.

"Nossa decisão é pelo estado de Mato Grosso e pela população que aqui vive. Não é por político A, B ou C. Estamos aqui para deixar claro que a decisão não é nossa, é do TSE, nós apenas entramos com o pedido para a postergação da eleição suplementar", disse.

Carvalho ainda justificou que apesar de que o dinheiro da eleição venha do Tribunal Superior, o estado tem seus gastos com efetivo de segurança e manutenção dos locais do voto.
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