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Operação Insídia

PM’s envolvidos na morte de seis pessoas já respondiam procedimentos na Corregedoria

30 Ago 2020 - 07:52

Da Redação - Fabiana Mendes/Wesley Santiago

Foto: Assessoria Polícia Civil

PM’s envolvidos na morte de seis pessoas já respondiam procedimentos na Corregedoria
Os três policiais militares envolvidos na morte de seis pessoas, no município de União do Sul, norte de Mato Grosso, já respondiam procedimento na Corregedoria da Instituição. Na manhã de quinta-feira (27), a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), deflagrou a “Operação Insídia” para cumprir diversas medidas cautelares de prisões e de buscas e apreensões em municípios da região norte do estado e em Tocantins. 


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O comandante da PM de Santa Carmem, Evandro dos Santos, João Paulo Marçal de Assunção e Roberto Carlos Cesaro, foram presos. A Corregedoria Geral da Polícia Militar informou que já existe um Inquérito Policial Militar (IPM) em andamento apurando a denúncia do suposto envolvimento de policiais militares. Acrescentou ainda que acompanhou o cumprimento dos mandados de prisão.

Além dos homicídios, são apurados outros possíveis crimes conexos, como cárcere privado, constituição de milícia privada, corrupção ativa e passiva. Os mortos estariam planejando um roubo em uma fazenda, segundo a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).

Conforme o pedido de prisão temporária, ao qual o Olhar Direto teve acesso, o comandante Evandro dos Santos, é suspeito de executar os homicídios e possivelmente ocultar os cadáveres na fazenda. Foi ele, segundo as investigações, quem comunicou o empresário Agenor Vicente Pelissa, também preso na quinta-feira (27), sobre o que se passou na fazenda no dia dos fatos, conforme depoimento da companheira do produtor rural.

As investigações apuram os fatos ocorridos no dia 18 de abril deste ano, em uma fazenda no município de União do Sul. Naquele local, foram encontrados diversos veículos com perfurações, estojos, munições, além de manchas de sangue e objetos pessoais, sem qualquer registro ou informação do que teria acontecido. 

“A situação foi estranha, pois os fatos não forma registrados, comunicados devidamente. Ao longo das investigações, que ainda estão em curso, foram identificadas a participação de diversas pessoas. As investigações tratam não somente do desaparecimento das pessoas, mas também de outros crimes conexos”, esclareceu o delegado da GCCO, Frederico Murta. 

“De acordo com depoimentos e provas técnicas, tudo leva a crer que foram execuções. As pessoas foram mortas e os cadáveres ocultados”, acrescentou. Os policiais militares foram presos e o envolvimento de cada um deles nos crimes serão esclarecidos ao final da investigação. Um empresário e um produtor rural também são alvos.
 
As ações foram realizadas com apoio da Gerência de Operações Especiais (GOE), Corregedoria da Polícia Civil de Mato Grosso, Polícia Civil do Estado de Tocantins e Corregedoria da Polícia Militar de Mato Grosso.
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