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Julio Campos minimiza derrota do DEM na Câmara e projeta reeleição de Bolsonaro em 2022

05 Fev 2021 - 14:50

Da Redação - Isabela Mercuri / Do local - Max Aguiar

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Julio Campos minimiza derrota do DEM na Câmara e projeta reeleição de Bolsonaro em 2022
Um dos mais antigos políticos do Democratas em Mato Grosso, o ex-governador Julio Campos, minimizou a derrota do agora ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM) na última segunda-feira (1). Segundo ele, o partido ter vencido no Senado tem peso maior, e a escolha do presidente nacional do partido, ACM Neto, em liberar os deputados para votarem em qualquer candidato na Câmara foi necessária, visto que, para ele, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é forte candidato a reeleição em 2022.


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Julio também acredita que a escolha feita por Rodrigo Maia, de apoiar o candidato Baleia Rossi, do MDB, foi errada. “Isso levou a uma derrota, até certo ponto, acachapante. Mas não é uma derrota do Rodrigo Maia em si, foi uma derrota [por]que o candidato Baleia Junior não era o candidato preferido do plenário, porque ele nunca foi um candidato popular. Se fosse candidato o Agnaldo Ribeiro da Paraíba, teria mais chances de disputar voto no baixo clero, como diz o termo, e ganhar essa eleição, mas mesmo assim não é derrota para o DEM, porque o DEM não teve candidato”, afirmou o ex-governador.

Maia foi presidente da Câmara por três mandatos, ficando cerca de cinco anos à frente da casa. Inicialmente, seu plano – assim como o do ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre – era ser reeleito mais uma vez. No entanto, esta possibilidade foi negada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Para Julio, Maia foi pego ‘de surpresa’ e teve que fazer esta escolha de quem iria apoiar de forma muito rápida.

“Como o Centrão lançou o Lira, candidato apoiado pelo Bolsonaro, houve uma articulação muito grande. O poder é o poder, a Presidência da República é a Presidência da República, e o presidente se empenhou, conseguiu não só um grande apoio do Centrão e de outros partidos, como até do próprio DEM. No final o DEM rachou, a metade foi com o Baleia e a metade foi com o Lira”, analisou Campos.

A força de Bolsonaro, inclusive, foi uma das razões ditas por Julio para a decisão de ACM Neto em liberar os deputados federais do Democratas. “Realmente o presidente Bolsonaro hoje - as próprias pesquisas indicam - é um candidato fortíssimo a ser reeleito presidente, até porque a oposição a ele não tem um nome forte ainda para disputar, com chances de ganhar dele”, defendeu. Para Júlio, inclusive, a maioria dos correligionários do DEM são a favor desta reeleição, e escolheram, também por isso, o candidato apoiado pelo presidente. “A maioria da bancada do DEM é a favor da reeleição de Bolsonaro, porque o DEM nunca foi aliado do PT. E o grave erro lá na Câmara também foi que a chapa do Baleia Junior misturou PT, PDT, os partidos de esquerda, que não fazem ideologicamente a composição com o DEM”, finalizou.
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