O secretário de Estado de Saúde Gilberto Figueiredo elogiou o Sistema Único de Saúde (SUS), afirmando que ele é o “melhor sistema de assistência à saúde universal no mundo”, mas lembrou que existe uma limitação na criação de novos leitos. Segundo ele, enquanto a contaminação vai a 100 quilômetros por hora, a capacidade de ampliar leitos de UTI tem velocidade de 5km/h.

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“[Os números são] desconfortáveis, e somam-se aos números desconfortáveis do Brasil todo. Isso não é característica especial de Mato Grosso. Estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, tem mais de duas mil pessoas na fila aguardando por um leito de UTI. No próprio estado de São Paulo hoje são mais de três mil. Enfim, é uma pandemia que se alastrou no Brasil, não tem nenhum estado que possa dizer nesse momento que está em situação confortável”, lamentou Gilberto.
 
Segundo o secretário, a situação é de colapso nacional e “falar que o sistema não está colapsado é uma brincadeira”. “Temos que admitir a fragilidade que existe do sistema, que é bom, é o melhor sistema de assistência à saúde universal no mundo, que é o SUS, mas também existe uma limitação de capacidade de atendimento, e colapsou por força do grande crescimento da velocidade dos casos de Mato Grosso. eu disse que numa análise comparativa, a velocidade que cresce o número de casos é como se estivesse numa corrida a 100km/h e a nossa capacidade de ampliar leitos de UTI vai a 5 por hora, pela dificuldade que é”, lamentou.
 
Pela atual perspectiva, a única forma de a situação melhorar é com a participação efetiva da população para que a circulação de pessoas diminua e aumente o distanciamento social até que a vacina chegue para todos. Nesta semana, o Estado anunciou a abertura de 500 novos leitos clínicos e 160 leitos de UTI, além de 150 de home care, todos voltados a atender pacientes com Covid-19.