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Quinta-feira, 01 de agosto de 2024

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Soltos em menos de 24h

Familiares de servidor assassinado pedem justiça nas redes sociais após juíza conceder liberdade aos suspeitos

Foto: Reprodução

Familiares de servidor assassinado pedem justiça nas redes sociais após juíza conceder liberdade aos suspeitos
Os familiares do servidor aposentado da Secretaria de Fazenda (Sefaz) Nicomedes Francisco Pinto Lopes, de 69 anos, popularmente conhecido como Tito, que foi encontrado morto na última quinta-feira (25) na Rodovia Helder Cândia, conhecida como Estrada da Guia (MT-010), realizam campanha nas redes sociais pedindo justiça. Com a hashtag “Justiça por Tito”, diversos usuários de redes sociais fizeram publicações comentando o caso. Na última sexta-feira (26), a juíza plantonista Cristiane Padim da Silva concedeu liberdade provisória aos quatro suspeitos de autoria da morte do servidor.


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Na audiência de custódia realizada de forma remota, o Ministério Público Estadual (MPE) defendeu a homologação do auto de prisão em flagrante, pois os objetos do crime foram encontrados em posse dos supostos autores. No entanto, pediu a concessão de liberdade provisória aos quatro.

Cristiane Padim não viu indícios suficientes para caracterizar crime de associação criminosa. Em relação à necessidade da manutenção da prisão, a magistrada explica que a análise em questão trata apenas do crime de receptação de bens do aposentado assassinado.

Em uma publicação feita nas redes sociais o filho do servidor, Marlon Alencar, fez um "fio" explicando o crime cometido contra seu pai. “Na noite de domingo meu pai, um senhor de 69 anos e deficiente físico, estava descansando sozinho na sua casa na cidade de Chapada dos Guimarães e foi surpreendido por bandidos que arrancaram a porta da casa para extorqui-lo e roubar seus pertences. Fizeram um PIX de R$ 4.900 para a conta de uma mulher, pegaram cartões, as televisões e o carro”, disse em trecho da postagem.

Marlon também relatou a angústia que enfrentou durante os dias que o pai ficou desaparecido, e revelou que os criminosos liam as mensagens mas não respondiam. Por ter o corpo encontrado após alguns dias depois de morto, a família não pôde ver Nicomedes por uma última vez, porque o caixão ficou fechado.

“Não satisfeitos levaram também a vida do meu pai e o jogaram amarrado no mato. No dia seguinte fizeram um limpa nas contas do meu pai, abriam as mensagens que eu mandava preocupado. Hoje eu e meu irmão enterramos meu pai de caixão fechado, pois demoramos para encontrá-lo e o estado de decomposição já era avançado. Eles não deixaram eu me despedir do meu pai uma última vez e agora estão livres”, desabafou.

Com a grande repercussão, vários usuários fizeram publicações indignados com o crime e a situação enfrentada pela família. Um deles criticou o sistema judiciário brasileiro pelo fato de os envolvidos na morte de Tito terem sido soltos em menos de um dia. “É aquela coisa, a polícia prende e a caneta solta. Cometeram um crime hediondo e em menos de 24 horas foram soltos. Só no Brasil para acontecer isso mesmo, esse país é uma piada”, comentou.

O caso

O corpo que seria do servidor aposentado da Secretaria de Fazenda (Sefaz), Nicomedes Francisco Pinto Lopes, 69 anos, foi localizado na manhã da última quinta-feira (25), na Rodovia Helder Cândia, conhecida como Estrada da Guia (MT-010) em estado avançado de decomposição. Ele estava desaparecido desde o último domingo (21), quando foi visto  saindo do bairro Por do Sol, onde mora em Chapada dos Guimarães em um Jeep Renegade preto.

Na manhã desta quinta-feira (25), a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) prendeu dois casais por envolvimento na morte do servidor. A família informou que um dos suspeitos utilizava tornozeira. 

Na sexta-feira (26), a juíza plantonista Cristiane Padim da Silva concedeu liberdade provisória aos 4 suspeitos. A decisão foi proferida durante audiência de custódia na tarde desta sexta-feira (26), um dia após a prisão em flagrante dos dois casais Pedro Henrique Lopes, 19 anos, e Débora Barões, 18 anos; e Jair da Silva, 31 anos, e Waldineia Oliveira Candido, 28 anos.
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