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tese de disparo acidental

Bala que matou jovem em festa no Sucuri ficou alojada no coração; defesa sustenta homicídio culposo

07 Out 2021 - 10:01

Da Redação - Max Aguiar / Wesley Santiago

Foto: Reprodução

Bala que matou jovem em festa no Sucuri ficou alojada no coração; defesa sustenta homicídio culposo
A morte da empresária Janaína Silva Barrozo, 27 anos, foi causada por disparo de projétil de arma de fogo (PAF), que trasfixou as costas até parar no coração. Essa é a explicação inicial de investigadores da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que tiveram acesso ao laudo primário do Instituto Médico Legal (IML) de Cuiabá.


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A vítima estava em uma festa, na região de chácaras do Sucuri, no domingo (3), quando foi baleada dentro do carro. O disparo, de acordo com as investigações iniciais, foi acidental, disparado por um dos passageiros do carro em que ela estava. 

O caso começou a ser investigado como se Janaina tivesse sido vítima de bala perdida. No entanto, a tese foi derrubada na quarta-feira (6), quando o dono da arma e autor do disparo acidental se apresentou ao delegado Mário Santiago, responsável pelo caso na DHPP. 

Acompanhado do advogado Paulo Fabrini, o autor do homicídio, até então culposo (quando não há intenção de matar), esteve na delegacia. Por enquanto seu nome não foi divulgado, mas a reportagem apurou que ele reside em Cuiabá e seria empresário. Ao Olhar Direto, Fabrini disse que seu cliente assumiu ser autor do disparo e ainda voltou ao local com os policiais e encontrou a arma. 

"Ele nunca sustentou a versão de bala perdida. Assim que me acionou, já trabalhamos com a situação de verdade. Ele disse que o tiro foi acidental no momento que ele tentava tirar o carregador da pistola calibre 635. Essa pistola foi jogada no mato e ontem ele voltou com os policiais no local e encontrou a arma. Na delegacia, ele disse a verdade. Ele estava no banco de trás, com o marido da vítima Janaina, e ao manusear a arma, ela disparou e acertou as costas da mulher. O delegado nos disse que a bala parou no coração, causando a morte. Uma fatalidade", comentou o advogado. 

Ainda segundo Fabrini, seu cliente estava em poder da arma porque estava sendo ameaçado. "Ele comprou a pistola por R$ 3 mil e estaria usando para se defender de algumas ameaças que passou a receber após a venda de um carro. Por conta disso, ele estava armado. Não estava bêbado e nem ficou muito tempo na festa. A situação aconteceu e logo ele se apresentou e sustentou a verdade de que não matou ninguém com dolo, mas sim por motivos de disparo acidental", declarou o advogado. 

O caso segue sob investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Nesta quinta-fera (7), o delegado Mário Santiago falará sobre o caso à imprensa. 

O marido de Janaina, que sustentou a situação de bala perdida, já foi ouvido e deve ser autuado por falso testemunho, porém não deve ser preso. O inquérito está em fase de elucidação. Janaina, que morreu ao 27 anos, deixou uma filha de três. 
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