Diante do constrangimento visto dentro do União Brasil, o deputado Dilmar Dal Bosco amenizou os efeitos causados pela reunião do senador Jayme Campos com o colega de parlamento Wellington Fagundes (PL) e o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). O líder do Governo na Assembleia Legislativa (ALMT), pontuou que este é o momento em que políticos de diferentes siglas dialogam e não crê em traição por parte do cacique político.
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“É momento de agregar todos os partidos da base de governo e o diálogo com qualquer partido. Visitar um amigo de outro partido, independente da sigla partidária, faz parte do processo político”, afirmou nesta terça-feira (15).
No encontro realizado na quinta-feira (10) e que ainda contou com a presença do deputado federal Emanuelzinho (PTB), o trio debateu a formação de um grupo de oposição ao governador Mauro Mendes (União Brasil). Apesar da surpresa por conta da postura de Jayme, Dilmar afirmou que é natural existir divergência de ideias dentro do mesmo partido e pontuou que qualquer rusga entre os líderes do UB será resolvida por meio do diálogo.
Neste sentido, o parlamentar garantiu que irá procurar o senador para amenizar as eventuais desavenças existentes entre ele e o governador. Em sua avaliação, apesar das conversas com rivais de Mauro, Jayme não irá trair o grupo político. “O Jayme sempre foi partidário, o que o partido decidir, ele estará junto. Não acredito em traição, mas no diálogo. Somos homens maduros e a política é discussão. Não tem nenhuma rusga que possa atrapalhar o projeto majoritário que estamos trabalhando”.
A falta de afinidade entre os Campos e o grupo de Mauro não é novidade e ficou evidenciada em alguns momentos nos últimos anos, quando, por exemplo, o DEM se dividiu nas eleições suplementares ao Senado, em 2020.
Jayme e Júlio Campos bateram o pé para apoiar a candidatura do ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB), e Mauro manteve a decisão de retribuir o apoio do senador Carlos Fávaro (PSD), o apoiando na disputa.