A senadora Margareth Buzetti (PP) rechaçou a possibilidade de aliança entre Neri Geller (PP) e a federação formada pelo PT, PV e PC do B em Mato Grosso, visando as eleições deste ano. Ela lembrou que em 2018 “abandonou” o projeto de Wellington Fagundes (PL) ao Governo do Estado pela mesma circunstância, ponderou que não pretende repetir o feito com o correligionário, mas asseverou que não irá subir no palanque da esquerda.

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“A minha [benção] não! Não vou aderir. Fiz isso em 2018, quando o Wellington tentou para governador e eu iria ao Senado. Na época, minha condição era que não se unissem ao PT, PC do B e PSOL, e quando eles se uniram eu saí do grupo. Dessa vez não vou sair, mas não vou aderir a esse projeto. Neri continua sendo meu candidato, mas eu não vou subir no palanque dessa coligação. Eu acho que o Neri tem condições de vencer essa eleição sem precisar apelar para isso”, disse a parlamentar.

A aproximação de Neri com a federação veio à tona na última semana, quando o deputado federal confirmou que recebeu visita da presidenta do PT, Gleisi Hoffman, em seu gabinete. Segundo o progressista, além do encontro, o fato de o PSD de Carlos Fávaro - que coordena sua campanha so Senado - estar "100% alinhado" com a tratativa pesa na decisão. 

A federação ainda não decidiu seus candidatos às majoritárias. O cenário do Senado segue confuso, com pré-candidaturas de Márcia pelo PV, professora Enelinda pelo PT, e Aluisio Arruda pelo PCdoB.

A própria federação ainda não admite a possibilidade de acabar na suplência de Neri. A deputada federal Rosa Neide (PT), por exemplo, confirmou as conversas em entrevista, mas disse que há também outras pessoas interessadas neste lugar.