O deputado federal Nelson Barbudo (PL) avaliou que a escolha do senador Carlos Fávaro (PSD) de apoiar o ex-presidente Lula (PT), pré-candidato à Presidência da República, foi tiro “no pé, na testa e no peito”. Para Nelson, os eleitores do senador se sentiram traídos e Fávaro irá sofrer as consequências nas urnas quando for candidato novamente.

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“Não tenho nada contra o senador. Ele que escolha a o lado ideológico dele, mas pelo que eu estou vendo na mídia não fica bem. O pessoal parece que não gostou dessa ideia”, disse o deputado. Depois que Fávaro se aproximou da Federação Brasil da Esperança e se reuniu com Lula, diversos sindicatos rurais de Mato Grosso publicaram notas de repúdio.

Uma das principais críticas dos agricultores em relação à aproximação de Fávaro (e também do pré-candidato ao Senado Neri Geller, do PP) ao PT está na ligação histórica do Partido dos Trabalhadores com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em defesa da reforma agrária. Nas notas divulgadas, os sindicatos rurais alegam que o MST invade e depreda propriedades. Ao comentar esses posicionamentos, o senador Carlos Fávaro sustentou que ao invés de temerem o movimento, os produtores deveriam temer o ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes.

Barbudo também criticou esta fala do senador, afirmando que a achou muito infeliz. “Nosso estado está vivendo uma calmaria quanto a invasões de terra depois que o Bolsonaro assumiu o governo. A tranquilidade e a segurança jurídica reinaram no estado de Mato Grosso. E um senador da República dizer que isso é ruim e o MST é bom, ele tem que se entender com os eleitores dele, porque ele vai pagar caro, porque a maioria do Mato Grosso é agro e o agro não aceita invasões de propriedade”, argumentou.