Em 2020, a família Pinheiro encarou duas candidaturas municipais ao mesmo tempo, uma de reeleição do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e outra do deputado federal Emanuelzinho (MDB) a prefeito de Várzea Grande. Na ocasião, o pai perdeu no primeiro turno e ganhou no segundo por menos de 3% de diferença, e o filho ficou em terceiro lugar na disputa. Agora, mais uma vez os Pinheiro irão encarar candidatura dupla: Emanuelzinho à reeleição e Márcia Pinheiro (PV), a mãe, a governadora do Estado. Para Márcia, em 2020 talvez tenha sido um erro lançar os dois nomes, mas agora a situação é diferente, já que ela foi “convidada” e decidiu concorrer no pleito eleitoral apenas depois da recusa do senador Carlos Fávaro (PSD).

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“Talvez [tenha sido um erro], mas naquele momento o Emanuel concordou, e ele [Emanuelzinho] ficou em terceiro lugar, porém continuou fazendo o trabalho dele e está muito bem na Várzea Grande”, justificou Márcia. A candidata citou emendas parlamentares do filho que foram enviadas à cidade industrial e afirmou que, mesmo sem ser prefeito, ele enquanto deputado continuou com seu comprometimento pelo povo várzea-grandense. Agora, Márcia acredita que a situação é diferente.

“Primeiro que a minha candidatura não foi imposta. Não fomos nós que quisemos, muito pelo contrário. Aconteceu tudo isso, fui convidada a ser candidata. É uma situação bastante diferente. Até porque até quarta-feira da semana passada nós lutamos todos os jeitos para que o Fávaro fosse o candidato. Ele não aceitando, nós já tínhamos recebido o convite do presidente Lula, do José Guimarães, que é o coordenador político da campanha dele”, explicou.

Desafio aceito, agora resta à família se dedicar novamente ao trabalho e se dividir nas duas campanhas eleitorais. Na última pesquisa da Percent (registrada no Tribunal Regional Eleitoral com os números MT-01064/2022 e BR-04455/2022), Emanuelzinho liderava com 6,1% das intenções de voto. Já Márcia, na mesma pesquisa, surgiu com 12,9% contra 41,8% das intenções de voto do atual governador Mauro Mendes (UNIÃO).

“Trabalhar. Trabalho, trabalho, trabalho. Não é a primeira vez, nós estamos há 30 anos na vida pública, e enfrentar de frente, literalmente. Acho que as pessoas estão bastante desconfortáveis da forma que está aí o governo, com tantos problemas, então as pessoas queriam com certeza uma segunda opção. Foi em detrimento disso que nós também aceitamos, para poder dar uma esperança, levar serviços de qualidade à população mato-grossense, combater a fome, a sair da fila de ossinhos, então isso as pessoas merecem ter outra opção de candidato e ter esperança no próximo pleito”, completou Márcia, em entrevista ao Olhar Direto.