O candidato ao Senado Feliciano Azuaga (NOVO) ironizou o desempenho de seu adversário na disputa, o ex-presidente da Aprosoja Antonio Galvan (PTB), na pesquisa divulgada pelo instituto Gazeta Dados que mostra ambos empatados com 2% de intenções. Na avaliação do economista, que dispensa o uso de fundo eleitoral, a estrutura de apoio financeiro despendido por alguns segmentos torna a campanha “desproporcional”, mas ainda assim não vem transferindo votos para o oponente.
 
Leia mais:
Justiça ordena que Galvan retire vídeos questionando apoio de Bolsonaro a Wellington Fagundes

“É uma campanha desproporcional, não só pelo Fundão, mas também pelo orçamento secreto que no fundo serve pra comprar apoio político de prefeito. Mas nós também temos nossas vantagens: o posicionamento político, a entrega de conteúdo com substância. E o que deve chocar quem trabalha com política é como uma campanha que já gastou mais de R$ 1 milhão – é só olhar no sistema do TSE – tá empatada com uma campanha que gastou R$ 20 mil”, ironizou o candidato.

Azuaga não citou nomes, porém, conforme o Divulgacand – sistema da Justiça Eleitoral –, Galvan já recebeu R$ 1.3 milhão em doações. O candidato do NOVO, por sua vez, declarou R$ 19.350,00 de recursos recebidos.
Outros candidatos como Kássio Coelho (Patriota) e José Roberto (Psol) também aparecem empatados dentro da margem de erro com Galvan e Azuaga, mas estes dois declararam recursos bem inferiores a Galvan, embora também superem a campanha do NOVO.

Kássio Coelho declarou receita de R$ 375 mil, enquanto José Roberto afirmou ter recebido R$ 140 mil, ambos via Fundo Eleitoral.

“Tem toda uma estrutura de apoio de instituições fortíssimas no Estado, do agro, de serviços a certas candidaturas e a gente sabe que o sistema irá nos impor restrições, mas a gente faz usando a criatividade”, minimizou o candidato sobre a desproporcionalidade.

Gazeta dados

Divulgada no dia 01 de setembro, a pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob o nº MT-07674/2022 e ouviu 1.080 pessoas de forma presencial entre 26 a 28 de agosto.

O atual senador Wellington Fagundes (PL) lidera com 28% das intenções de votos na pesquisa estimulada. Em segundo lugar está Neri Geller (PP) com 7%, seguido de Jorge Yanai (DC) que soma 3%.