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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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ALIADOS EM 2018

Candidato do Novo diz que Governo Bolsonaro colocou liberalismo “na geladeira”: só pensou em reeleição

Foto: Olhar Direto

Candidato do Novo diz que Governo Bolsonaro colocou liberalismo “na geladeira”: só pensou em reeleição
O candidato ao Senado pelo partido NOVO em Mato Grosso, o economista Feliciano Azuaga, afirmou que o bolsonarismo colocou a agenda liberal “na geladeira” nos últimos anos e priorizou apenas o projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Azuaga ponderou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, “continua sendo a referência do liberalismo dentro do Governo”, mas que as bandeiras reformistas levantadas em 2018 se dissiparam.


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“O Brasil não se cansa de perder o bonde da história. O Paulo Guedes continua sendo a referência do liberalismo dentro do Governo, mas o Congresso caiu nas mãos de gente como o Arthur Lira e o Valdemar da Costa Neto voltou a definir as articulações políticas, ou seja, a turma do Centrão que vive de corporativismo e de favores políticos, e isso é justamente o contrário do liberalismo que o Paulo Guedes prega. Essa pauta federalista de trazer mais recursos pros estados morreu. Os recursos estão cada vez mais concentrados na União para manter essa excrecência que é o orçamento secreto. O liberalismo foi colocado na geladeira nos últimos anos”, disparou Azuaga.

O NOVO obteve registro oficial em 2015 e foi erguido sob as bandeiras do reformismo para um Estado “enxuto” e do liberalismo econômico. Em 2018, após ficar em quinto lugar na disputa para a Presidência da República com a candidatura de João Amoedo, declarou apoio a Jair Bolsonaro. Em março de 2021, anunciou publicamente o rompimento com o Governo.

“Acredito que o problema foi falta de articulação política. Em 2019 quando começou aquele processo da Lava Toga que teve inclusive o Major Olimpio e a Selma Arruda a frente, o Executivo e o Parlamento entraram em conflito com o Judiciário. A minha sensação é que foi feito um acordão, com o Executivo no seu lugar, o Parlamento cuidando dessa articulação e o Judiciário esse grande caos que virou. As reformas não andaram e nos últimos dois anos foi campanha, só pensou em eleição e as pautas prioritárias não avançaram”, continuou o candidato.

Azuaga criticou, ainda, lideranças políticas locais que na última eleição se elegeram com o discurso liberal, mas que em sua avalição não mantiveram coerência em suas ações.

“Olha o que defendiam essas pessoas em 2018 e o que defendem atualmente. Lá atrás a Lava Jato era um orgulho, Sergio Moro era herói, Roberto Jeferson e Valdemar da Costa Neto eram ex-presidiários. Hoje, a Lava Jato praticamente não existe, Sergio Moro é considerado traidor e esses ex-presidiários são chamados de patriotas. A inversão de valores é moral e ideológica. Pregavam menos Brasília e mais Brasil, mas hoje a pauta virou um apoio incondicional ao Bolsonaro ou ao Lula”, pontuou.
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