O candidato ao Senado Neri Geller (PP) defendeu o candidato à Presidência da República Lula (PT), afirmando que a fala sobre um setor ‘fascista’ do agronegócio foi sobre uma minoria radical. Segundo Geller, o ex-presidente tem conseguido se aproximar do setor, e isso vem se refletindo nas pesquisas.

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“Ele não chamou o agronegócio de fascista. Ele falou de fascista num contexto de quem trabalha fora da lei, que invade o Supremo. Eles são fascistas mesmo, ué. São os 10% que eu falei que são radicais. Eles são mesmo. Esses 10% são contra, eles vão potencializar”, disse Neri ao Olhar Direto. A fala de Lula foi dada durante entrevista ao Jornal Nacional.

Para Neri, esta questão está pacificada na maioria do setor, tanto é que Lula tem crescido nas pesquisas de intenções de voto no Centro-Oeste, principalmente em Mato Grosso. Pesquisa Ipec (ex-Ibope) divulgada nesta quinta-feira (15) mostra que o presidente Jair Bolsonaro (PL) continua liderando entre os eleitores de Mato Grosso, com 45% das intenções de voto. A distância para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no entanto, diminuiu para nove pontos percentuais, no comparativo com o levantamento anterior, divulgado em 31 de agosto.

Registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) sob o número MT MT-07150/2022, a pesquisa ouviu 800 pessoas entre os dias 12 e 14 de setembro em 33 municípios. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, considerando o nível de confiança de 95%.

“A gente derrubou o muro”, comemorou Neri. “A gente conseguiu colocar o que o Lula fez, o que o PT fez, que o PT não é... por exemplo, o MST, está no imaginário das pessoas que o MST vai invadir todas as propriedades. Se não fez nos oito anos do Lula e nos seis da Dilma, não vai fazer nos próximos também”, completou.

Segundo Geller, as informações sobre a realidade da importância da reforma agrária, além das campanhas mostrando o que os governos do PT trouxeram para o agronegócio foram essenciais para este crescimento nas pesquisas.

“O resultado está nas pesquisas. Se não estivesse, eu não teria toda essa coragem de falar. Primeiro tenho convicção do que eu estou falando. Segundo que estou conseguindo transmitir. É muita gente me ligando [para falar que vai votar no Lula]”, garantiu.

Geller ainda defendeu a importância da reforma agrária e de movimentos sociais, e afirmou que o crescimento deles não significa concorrência com quem produz dentro da legalidade. “Esse é o debate que tem que ser feito. E isso está dando repercussão, tanto que as pesquisas estão aí”, completou.