No cargo de presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso por três biênios consecutivos, o deputado estadual Eduardo Botelho (UNIÃO) afirmou, em entrevista ao Olhar Direto, que mantêm conversas com seus colegas Janaina Riva (MDB) e Max Russi (PSB) a respeito da próxima eleição da Mesa Diretora, mas ponderou que só após as eleições gerais que irão definir a nova legislatura é que será discutida a composição do comando da Casa.

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“Nós vamos discutir isso de fato depois das eleições, porque eu não sei nem se vou me eleger, se vou estar vivo até lá. Temos que esperar passar isso. Nós conversamos sobre isso sempre: eu, Janaina, Max. Mas ainda não definimos nada sobre composição, até porque precisaremos agregar os novos deputados”, disse o deputado.

Atualmente, Botelho preside a Casa com Janaina na vice-presidência, Max Russi na 1ª Secretaria – estes dois últimos cargos costumam ser tão disputados quanto o de presidente, uma vez que o primeiro é o sucessor direto do comando da AL e o segundo cuida do orçamento do legislativo.

Janaina e Max Russi já substituíram Botelho na Presidência e afirmam publicamente o desejo de ser o titular da vaga em uma próxima eleição.

No início deste ano, por determinação da Justiça, uma nova eleição foi realizada. O pedido de anulação da posse de Eduardo Botelho foi feito pelo partido Rede Sustentabilidade, com o argumento de que a recondução dele ao cargo pela terceira vez era inconstitucional, e acolhido pelo STF.

Em fevereiro de 2021, a Assembleia informou o cumprimento da decisão, com a eleição de uma nova Mesa Diretora, onde Max Russi foi eleito.

Em nova decisão, no entanto, o ministro Alexandre de Moraes citou que o entendimento da Constituição em abril de 2021, a princípio, inviabilizaria o exercício de um novo mandato de presidente pelo deputado, por ele já ter exercido o mesmo cargo em dois biênios anteriores.
 
No entanto, segundo Alexandre de Moraes, o Plenário também firmou a compreensão de que os efeitos dessa proibição não seriam imediatamente aplicados às eleições para as Mesas Diretoras ocorridas em até um ano após a publicação do acórdão. Com essa nova interpretação, o ministro reconduziu Botelho ao cargo pelo mandato.

Questionado pela reportagem se pretende concorrer pela 4ª vez na próxima legislatura, Botelho voltou a dizer que a composição da nova Mesa só será discutida após as eleições.