O deputado federal reeleito Emanuelzinho (MDB), filho do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou que está disposto a ser uma “ponte” entre a gestão do pai na Capital e o Governo do Estado, que seguirá sob o comando de Mauro Mendes (UNIÃO) pelos próximos quatro anos. O emedebista revelou, ainda, bastidores da relação que manteve com o chefe do Executivo Estadual em meio à crise que se instalou na relação dos dois gestores.

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“Até um certo momento da legislatura eu tive uma relação positiva com o governador Mauro Mendes. Quando a tensão se exacerbou teve sim um distanciamento. Mas o prefeito Emanuel Pinheiro já venceu a reeleição dele, o Mauro Mendes já venceu a reeleição dele também, a Márcia foi uma grande candidata e eu acho que agora é a hora de reconhecer a vitória do governador e abrir pontes. Pelo menos, essa é minha opinião pessoal. Eu estou pronto pra trabalhar e conciliar uma atuação em conjunto entre a Prefeitura de Cuiabá e o Governo do Estado. Vai depender muito dos dois, mas eu vou buscar construir esse caminho”, defendeu, em entrevista ao Olhar Direto.

Como é sabido, Mauro e Emanuel foram aliados no passado, mas atualmente protagonizam a principal divergência política no Estado. Na campanha deste ano, a relação ficou ainda mais tensionada em relação da presença da primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV), na disputa ao Governo do Estado.

Para Emanuelzinho, isso deve ficar no passado. “Eu estive com o governador Mauro Mendes no Palácio algumas vezes, nos encontramos outras vezes em Brasília, nos falamos por telefone, mas depois até por conta da proximidade com as eleições nós nos distanciamos. Agora, passado esse período, eu acredito que é hora de esquecer o que ficou pra trás e concentrar no que teremos a diante. Nós não precisamos ser amigos, mas podemos construir uma relação por Cuiabá e pelo Estado”, completou.

Questionado sobre a relação que deverá manter com outro desafeto de seu pai, o agora deputado federal Abilio Junior (PL), com quem dividirá bancada nesta legislatura, Emanuelzinho continuou. “Da minha parte nunca houve tensionamento, não vai ser agora que vai ter”.