O governador Mauro Mendes (UNIÃO) afirmou que o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) aos servidores está garantido, mesmo com a diminuição de arrecadação de impostos do Governo do Estado. Na segunda-feira (17), a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) publicou nota afirmando que comparando setembro de 2022 ao mesmo mês de 2021, houve queda de 22,84%, o que equivale a R$ 516,42 milhões.

Leia também:
Queda na arrecadação chega a meio bilhão após cortes no ICMS e Governo prevê chegar a R$ 900 mi até o final do ano

“Não, isso não tem como ser comprometido. Será pago, ponto. Quando eu falei isso e reafirmei, eu já sabia disso. Eu não sou um homem de ficar inventando conversa”, afirmou o governador na noite de segunda-feira (17). Mauro ainda afirmou que a Lei Orçamentária Anual (LOA) foi assinada dia 30 de setembro, já considerando este cenário.

“Você pode ver que o crescimento da receita está baixo, porque tem uma crise econômica mundial em curso. A economia mundial está entrando em recessão, então não dá para planejar que vamos crescer 10%, 20% ano que vem não. Estamos nos planejando para um cenário bastante moderado e cauteloso”, afirmou.

O governador tem criticado duramente os cortes de arrecadação determinados pelo Congresso Nacional. Quando as leis foram aprovadas e sancionadas pelo governo Bolsonaro (PL), Mato Grosso já havia apresentado um corte próprio. Este, segundo Mauro, tinha sido feito com mais cautela. “Eu já disse que para fazer aquela redução de impostos eu fiquei com aquele assunto quase oito meses na minha mesa. Quando a gente percebeu que era possível fazer algo, não sabíamos o tamanho, a gente foi estudando, simulando, olhando com cuidado, para também não comprometer. Para não fazer uma graça que pudesse comprometer, em ano eleitoral, e isso trazer consequências num futuro próximo. Então fizemos no limite da possibilidade”, declarou.

Agora, o governador diz que o estado está em “sinal de alerta” para evitar que a situação piore. “Jamais podemos deixar voltar aquele Mato Grosso de quatro anos atrás. Que não pagava polícia, que começou a atrasar salário de servidor, então temos que tomar cuidado, e isso que eu tenho feito. Tenho já puxado o freio de mão em algumas áreas do governo, isso há dois meses, então o que está acontecendo agora, antes de começar a acontecer eu cantei a pedra. Eu falei que aquelas medidas que o Congresso aprovou, de última hora, iam trazer sérias consequências para o país, estados e municípios, e já começou”.