Condenado por tentar matar a enteada asfixiada com um cabo de ventilador, Marcos Medina Dornas, de 28 anos, morreu após sofrer um acidente de moto, em Sorriso (a 420 km de Cuiabá), nessa terça-feira (13). Marcos bateu a moto que pilotava em um poste no final da tarde de domingo (11) e estava internado no Hospital Regional de Sorriso desde então. 

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A dinâmica do acidente ainda será investigada, mas, de acordo com informações preliminares o asfalto estava molhado e pode ter contribuido para a colisão. Marcos estava em liberdade após cumprir parte da pena de 13 anos de prisão e dois meses de detensão. 

Ele e a esposa, Meire Maria Pereira Santos Melo, mãe adotiva da vítima, foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) pela tentativa de homicídio. Meire foi condenada a 14 anos de prisão e dois meses de detenção por tentativa de homicídio e maus tratos.

Relembre o caso 

O crime ocorreu na noite do dia 30 de agosto de 2017, em Sorriso. Segundo a denúncia do MP, após uma discussão com a menina Marcos pegou o fio e começou a enforcá-la, na frente da mãe adotiva, que não a socorreu e “continuou cantando hinos evangélicos”, até que a vítima desfaleceu, completamente sem ar.
 
A mãe adotiva então tirou as roupas da menina, lhe deu um banho e a colocou na cama. Ela ainda mandou que Marcos fosse até a igreja buscar um pastor, dizendo que a vítima estaria possuída.
 
Conforme a denúncia, o pastor, ao chegar à residência, verificou o estado grave da vítima, que ainda estava desacordada, e a mãe então disse que ela havia tentado suicídio. Depois de duas horas, apenas após o pedido do pastor, a mãe acionou o socorro.
 
Os socorristas afirmaram que, devido à gravidade dos ferimentos, a menina deveria ser transferida urgentemente a Cuiabá. A mãe, porém, pediu que permanecessem em Sorriso, pois se casaria no dia seguinte, chegando a sugerir que uma tia da menina comparecesse. Isso gerou desconfiança por parte da equipe diante da apatia da mãe.
 
Além disso, a denúncia descreveu que houve outra situação que a vida da menina foi colocada em perigo, porém sem dar detalhes. Também foi narrado que a mãe tratava a menina “como verdadeira escrava”, sempre de forma agressiva, sendo que os vizinhos escutavam gritos vindos da residência, e a menina frequentemente apresentava hematomas no corpo, decorrente das agressões por cordas, fios, chinelos, etc.