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Sexta-feira, 05 de julho de 2024

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Mato Grosso tem aumento de 35% no número de casos de violência contra pessoas LGBTI+ em 2022

Foto: Marcos Salesse

Mato Grosso tem aumento de 35% no número de casos de violência contra pessoas LGBTI+ em 2022
Relatório feito pelo Grupo Estadual de Combate aos Crimes de Homofobia (GECCH), ligado à Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), registrou em 2022 o total de 282 ocorrências envolvendo casos de violência contra pessoas LGBTI+ em Mato Grosso, um aumento de 35% quando comparado com o ano anterior. O número é o maior entre os três últimos anos, já que em 2021 foram registrados 209, e em 2020 cerca de 276. Entre os crimes registrados estão: homicídio, injúria, agressão e outros casos. 


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Segundo os dados do GECCH, foram registrados nove homicídios e quatro suicídios em todo o estado. Em comparação com 2021, o número de assassinatos se manteve, já os casos de suicídio apresentaram um aumento, passando de três para quatro casos registrados. Apenas no primeiro semestre do ano, cerca de nove pessoas LGBTI+ perderam a vida entre casos de homicídio e suicídio. 

Ainda nesta sexta-feira (20), o Grupo Gay da Bahia (GGB) também divulgou os dados do relatório anual de violência contra pessoas LGBTI+ em todo o país. De acordo com o relatório do Grupo, Mato Grosso figura a lista dos 13 estados com maior número de mortes de pessoas LGBTI+. Ao todo, 155 municípios brasileiros registraram pelo menos uma vítima da comunidade.

Em todo o país, foram mais de 256 vítimas ao longo de 2022, desse número 242 morreram por homicídio e outras 14 por suicídio. Os números representam uma morte violenta de vítimas LGBTI+ a cada 34 horas, de acordo com o GGB. 

Casos em Mato Grosso 

Em novembro de 2022, uma travesti de 32 anos, identificada como Ana Paula dos Santos, foi assassinada nos fundos de sua residência, em Jaciara (144 km de Cuiabá). A vítima foi encontrada com seis ferimentos de faca e também apresentava um esmagamento de crânio, causado após ser atingida diversas vezes por um pedaço de concreto. 

Apenas em 2021, a Associação Nacional das Travestis e Transessuxais (Antra) registrou certa de 140 assassinatos de pessoas trans do Brasil. Desse número, 135 foram de travestis e mulheres transexuais, e 05 casos de homens trans e pessoas transmasculinas. 

De acordo com o Dossiê realizado pela Antra, no último ano 72% dos casos de assassinato registrado no Brasil foram apresentados com requintes de crueldade, uso excessivo de violência e associação com mais de um método de violência.

Para a Associação, os números denunciam a transfobia presente neste tipo de crime. “Vimos notícias de corpos gravemente mutilados, tendo seus corpos incendiados, esquartejados e repetidamente golpeados”, afirma a Associação no dossiê.
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